Eu não acredito, mas tem quem defenda!
Meu bom dia é quase boa tarde, mas esclareço. Neste período de
férias, com a minha mulher na praia, saio de casa e venho de lotação ou de ônibus
para o trabalho, no Centro. Juro que nem me dei conta da greve (?) dos rodoviários.
Amarguei uma demora maior do que esperava, já que nem táxi foi possível pegar.
Meu comentário é sobre as manifestações e declarações de
mensaleiros, alguns condenados e presos por corrupção, desvio de dinheiro público,
formação de quadrilha e outros crimes. O mensaleiro João Paulo Cunha (PT-SP), disse,
e os jornais publicaram, referindo-se ao ministro Joaquim Barbosa: “Sou um ser
humano e tenho família e amigos a quem ele deveria pelo menos respeitar. Como
parece que respeito não é o forte dele, então considero que essa medida foi
cruel. A falta de civilidade e cortesia foi um gesto de pirotecnia para que ele
tenha mais dois minutos de repercussão. Se minha prisão não era urgente não
deveria ter anunciado e viajado, porque isso causa um constrangimento para o
condenado”.
Posso estar enganado e me antecipo em dizer que não tenho
procuração para defender o ministro Barbosa, mas não seria o caso de perguntar
ao mensaleiro se ele pensou nisso quando aceitou a propina paga por seu colega
de falcatruas, o Marcos Valério? Ou será que, naquela ocasião, ele não era um
ser humano com família e amigos?
Já o chefe da quadrilha, José Dirceu, preso desde novembro,
questionou a decisão da Justiça de suspender por 30 dias a análise de pedido
para trabalhar fora da cadeia. Dirceu teria conversado com o secretário da Indústria,
Comércio e Mineração da Bahia, por meio de celular de um amigo, de dentro da
prisão.
Sobre o assunto, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, falando
sobre as declarações de João Paulo Cunha, disse que “Esse senhor foi condenado
pelos 11 ministros. Não faz parte dos meus hábitos, nem dos meus métodos de
trabalho, ficar de conversinha com réu. No Brasil estamos assistindo à
glorificação de pessoas condenadas por corrupção”.
Juro que não sei como é em outros países, mas no Brasil é incrível
que algumas pessoas julgadas, condenadas e presas, fiquem dando declarações aos
jornais, rádios e televisão, algumas de dentro da cadeia. E o que é pior,
criticando o Supremo Tribunal Federal.
O sujeito rouba, desvia verba pública, forma quadrilha,
comete peculato e depois, quando é condenado, se diz injustiçado. Eu não
acredito, mas tem quem defenda!
Fiquem com Deus e tenham todos um Bom Dia!
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