terça-feira, 19 de novembro de 2013

Epidemia de HIV/Aids

Porto Alegre lança plano de enfrentamento
Foto: Cristiane Rochol/PMPA
O prefeito José Fortunati assinou nesta terça-feira, 19, o Plano de Enfrentamento da Epidemia de HIV/Aids em Porto Alegre. A ação é uma parceria da prefeitura com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids – Unaids. A estratégia tem o objetivo de controlar a doença na capital com maior incidência de soropositivos no país. A ênfase é nos grupos mais vulneráveis devido a fatores como o estigma, a discriminação e violência baseada em gênero, ou seja, gays, travestis, transexuais e mulheres. “Porto Alegre é uma das cidades onde mais as pesquisas têm avançado e onde existe uma grande rede de atendimento. Por isso os índices são altos, porque temos as informações, que muitas outras cidades não têm, e temos equipes trabalhando na prevenção e tratamento da doença. Só que esbarramos em questões culturais como o preconceito, e precisamos pensar ações efetivas. As medidas corretas exigem ousadia e coragem para acabar com preconceitos e fazer o enfrentamento adequado para que não só se reduza a incidência, mas também salve vidas”, disse Fortunati. (fotos)

A coordenadora do programa da ONU para HIV/Aids, Georgiana Braga-Orillard, destacou que o Brasil tem realizado campanhas e ações constantes e que o país tem os meios de prevenção, tem tecnologia, testes e medicamentos, mas que esses recursos muitas vezes não são acessados pela população por preconceito. “Precisamos de ações como essas, que nos apresentam um diagnóstico da situação e que tratam as pessoas como indivíduos, independente de raça, cor, gênero ou orientação sexual. Zero discriminação é o que vai garantir a eficiência dessas ações”, afirmou Georgiana.

O Plano - O plano integrado da prefeitura com a ONU foi intitulado Aids Tchê e busca fortalecer as capacidades do município para a promoção do acesso à saúde no contexto da prevenção ao HIV e produzir novas parcerias. Com o levantamento feito junto a órgãos governamentais e não governamentais, acadêmicos e outros parceiros do município, foi possível diagnosticar quais os grupos mais vulneráveis e os dados serão utilizados para identificar desafios e oportunidades de ação junto a essas populações. O documento estabelece uma matriz de atividades que vai guiar o trabalho nos próximos anos.

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