Porto Alegre lança plano de enfrentamento
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Foto: Cristiane Rochol/PMPA |
O prefeito José Fortunati assinou nesta terça-feira, 19, o
Plano de Enfrentamento da Epidemia de HIV/Aids em Porto Alegre. A ação é uma
parceria da prefeitura com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids
– Unaids. A estratégia tem o objetivo de controlar a doença na capital com
maior incidência de soropositivos no país. A ênfase é nos grupos mais
vulneráveis devido a fatores como o estigma, a discriminação e violência
baseada em gênero, ou seja, gays, travestis, transexuais e mulheres. “Porto
Alegre é uma das cidades onde mais as pesquisas têm avançado e onde existe uma
grande rede de atendimento. Por isso os índices são altos, porque temos as
informações, que muitas outras cidades não têm, e temos equipes trabalhando na
prevenção e tratamento da doença. Só que esbarramos em questões culturais como
o preconceito, e precisamos pensar ações efetivas. As medidas corretas exigem
ousadia e coragem para acabar com preconceitos e fazer o enfrentamento adequado
para que não só se reduza a incidência, mas também salve vidas”, disse
Fortunati. (fotos)
A coordenadora do programa da ONU para HIV/Aids, Georgiana
Braga-Orillard, destacou que o Brasil tem realizado campanhas e ações
constantes e que o país tem os meios de prevenção, tem tecnologia, testes e
medicamentos, mas que esses recursos muitas vezes não são acessados pela
população por preconceito. “Precisamos de ações como essas, que nos apresentam
um diagnóstico da situação e que tratam as pessoas como indivíduos,
independente de raça, cor, gênero ou orientação sexual. Zero discriminação é o
que vai garantir a eficiência dessas ações”, afirmou Georgiana.
O Plano - O plano integrado da prefeitura com a ONU foi
intitulado Aids Tchê e busca fortalecer as capacidades do município para a
promoção do acesso à saúde no contexto da prevenção ao HIV e produzir novas
parcerias. Com o levantamento feito junto a órgãos governamentais e não
governamentais, acadêmicos e outros parceiros do município, foi possível
diagnosticar quais os grupos mais vulneráveis e os dados serão utilizados para
identificar desafios e oportunidades de ação junto a essas populações. O
documento estabelece uma matriz de atividades que vai guiar o trabalho nos
próximos anos.
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