sábado, 5 de outubro de 2013

Realidade brasileira

Casas tem mais TVs e menos rede de esgoto
Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, mostram que, enquanto no país avança a presença nas residências de bens duráveis, como eletrônicos, boa parte dos Estados fica paralisada --ou até regride-- em serviços como água, esgoto e coleta de lixo.
De 2011 para 2012, 14 Estados tiveram redução no percentual de moradias com esses serviços (em 11 a rede de esgoto não teve nenhum avanço); apenas dois recuaram em bens duráveis. Na média nacional, houve crescimento ou estabilidade, dependendo do item.
Na prática, essa queda mostra que o aumento do número de moradias não é acompanhado no mesmo ritmo pelas políticas públicas.
Um dos maiores entraves ainda é a rede de esgoto. Ao todo, 11 Estados recuaram no acesso a este serviço. No Piauí, o percentual de casas com acesso à rede foi de 4% para 2,8% --queda de 29%.
Oito Estados também recuaram no atendimento de rede de água, enquanto 12 pouco avançaram em coleta de lixo.
De acordo com o instituto Trata Brasil, que monitora dados oficiais de esgoto, os investimentos em coleta hoje são baixos --e ainda menores em tratamento.
"Há um avanço, mas muito aquém do que o país precisa. O governo tem meta de universalizar o serviço em até 20 anos. Se continuar assim, é impossível", diz Édison Carlos, presidente do instituto.
O problema se repete na coleta de lixo. "Os municípios não têm mostrado capacidade de recolher e destinar adequadamente tudo. E os problemas estão se agravando", diz Maria Vitória Ferreira, coordenadora da agenda ambiental da Universidade de Brasília.(com Folha/conteúdo)

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