Mudando de conversa!
Tem dias em que acordo sem nenhuma vontade de comentar
coisas envolvendo a política e principalmente políticos. É que o noticiário
acaba se tornando repetitivo, já que nada, ou quase nada, muda de um dia para o
outro. São as mesmas notícias de corrupção, declarações e desmentidos,
discursos que só servem para iludir ainda mais ao brasileiro menos avisado. Se
bem que muitos ‘bem avisados’ concordam com muita coisa que se prega por aí.
Não tem jeito. Lá vou eu comentar a derrota de Marina Silva
no TSE. A ex-senador queria registrar a Rede Sustentabilidade para poder
concorrer à Presidência da República em 2014. Não deu. Ela disse que hoje vai
anunciar seu destino político. Uma nova sigla espera por Marina.
O que me chamou a atenção neste caso foi o posicionamento de
certas pessoas nas redes sociais. Li algumas críticas ao ministro Gilmar
Mendes, o único a votar a favor do registro, por ter anunciado, antes, o seu
voto. Ou seja, estas pessoas estavam torcendo para que a Rede Sustentabilidade
não fosse criada e que Marina Silva não disputasse a eleição. Claro, Marina é a
única, pelo menos até aqui, que ameaça, mesmo que timidamente, a reeleição de
Dilma Rousseff. Mas o pior é que muitas das pessoas que criticaram o ministro,
não faz muito tempo estavam ao lado da ex-senadora que, inclusive, foi ministra
de Lula. Para elas, é inadmissível que Gilmar Mendes seja a favor do registro
de um partido que não alcançou o número necessário de apoios de eleitores. São
os mesmos que silenciaram quando as denúncias de assinaturas de pessoas
falecidas faziam parte da lista de apoios ao partido de Paulinho da Força, o
Solidariedade. Mas dá para entender já que Marina seria adversária e Paulinho
pode ser aliado.
Enquanto isso, o Senado suspendeu a compra de 1,7 tonelada
de carnes para a residência de Renan Calheiros. No edital, a justificativa era
de que a carne seria consumida em seis meses, o que significa dizer que, para
uma família de quatro pessoas (Renan, a mulher e dois filhos) seriam necessários
10 quilos de carne diariamente, ou seja, cada familiar de Renan, incluindo ele,
consumiria dois quilos e meio de carne
todos os dias. Num país em que grande parte da população dificilmente come
carne, vamos combinar que se trata de um grande deboche gastar R$ 44,3 mil em
seis meses, ou seja, R$ 7,38 mil, só em carnes, todos os meses. E o pior, é que
tem gente que ainda concorda e defende este tipo de gente e de coisa.
Juro que pensei começar meu comentário de hoje, mudando de conversa, mas não deu!
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