Aumentos não cabem no bolso dos brasileiros
A escalada de reajustes acima da inflação e a
falta de qualidade na oferta dos serviços começam a afetar o mercado de planos
de saúde. Dados divulgados pela Federação Nacional de Saúde Suplementar
(Fenasaúde) mostram que o segmento, que apresentou uma média anual de
crescimento de 4,9% nos últimos cinco anos, teve o ritmo de expansão reduzido
quase à metade: 2,7% em um ano (até junho). Quando considerados os convênios
exclusivamente odontológicos, a média no período caiu ainda mais: de 18,2% para
5,5%.
No caso das 31 operadoras associadas à
federação, a situação foi ainda pior, apresentando decréscimo no número de
beneficiários de 1,7%. Segundo o presidente da entidade, Márcio Coriolano, a
retração já vinha sendo sinalizada desde dezembro. “São vários os fatores que
influenciam esse resultado. O crescimento menor da economia, os níveis de
emprego e a alta inflação médica. O custo da medicina continua evoluindo acima
do Índice Geral de Preços (IGP) e as empresas e famílias ficam cautelosas na
hora de contratar um convênio”, explicou. “A incorporação de medicamento e de
prestadores favorece o beneficiário, mas causa impacto no custo e pode fazer
com que as pessoas não consigam arcar com a despesa”, completou.
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