Alckmin diz que Justiça autorizou acesso aos documentos
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse
nesta segunda-feira, 12, durante visita a Serrana (SP), que o Estado conseguiu
junto à Justiça Federal a autorização para ter acesso às investigações do
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a suspeita de formação
de cartel de empresas fornecedoras de trens do Metrô e da CPTM. "Tivemos a
decisão judicial que autoriza São Paulo a ter acesso a todo processo do metrô
que está no Cade. Infelizmente não conseguimos administrativamente, mas
conseguimos judicialmente", disse o governador.
De
acordo com ele, os documentos seguirão para a Controladoria-Geral do Estado
(PGE), que já tem um processo administrativo sobre o caso, e para a
Procuradoria-Geral de Justiça, para que sejam tomadas medidas necessárias.
"Sempre entendemos que nem seria necessário entrar na Justiça porque o
Estado de São Paulo é o maior interessando na investigação e será o governo do
Estado que entrará na Justiça, caso seja confirmado o cartel, para exigir a
indenização dos prejuízos ocasionados", afirmou.
Alckmin
ressaltou que o Estado será duro no pedido de indenização, caso haja a
confirmação do cartel, e voltou a criticar o veto administrativo do Cade aos
documentos. "Não é possível o Estado não ter informações e todo mundo,
como a imprensa, ter." "Se confirmado o cartel, as empresas que
participaram vão responder e vão indenizar o Estado, além das outras sanções;
se o agente público participar ele será responsabilizado."
Ao ser indagado como
encarou o uso do termo "trensalão" pelo presidente do PT, Rui Falcão,
para se referir às investigações, Alckmin ironizou: "Eles querem misturar
coisas totalmente distintas; querem confundir a opinião pública. Uma coisa é
corrupção, crime comprovado, entre político para agente público; outra coisa é
setor privado fazer conluio para prejudicar o Estado", concluiu. (Agência Estado)
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