Juiz determina
interdição
Por determinação do juiz
Hilbert Akihito Obara, da 5ª Vara da Fazenda Pública da Capital, está interditado
o Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), onde funcionam muitas
secretarias do governo do Estado. A interdição deve durar até que seja obtido o Alvará do Plano de Proteção e
Prevenção Contra Incêndio (PPCI), junto ao Corpo de Bombeiros.
A interdição atende a
pedido de liminar feito pelo Ministério Público Estadual. Caso a medida não
seja acatada pelo estado, fica
estabelecida uma multa diária sujeita à atualização, fixada em R$ 10 mil.
O juiz disse que esperou
para tomar a decisão, desde abril, quando o MP ajuizou Ação Civil Pública
denunciando que não havia PPCI no prédio do CAFF. Na ocasião, foi dada ao
Estado a oportunidade para apresentação de comprovação documental da segurança
no prédio.
Os documentos
apresentados pelo Estado, no entanto,foram considerados defeituosos com várias
imperfeições. O PPCI não tem o registro do responsável técnico e não está
preenchido o campo da data de validade.
— A tragédia de Santa
Maria, do início do ano, e o incêndio do Mercado Público de Porto Alegre, do
último fim de semana, evidenciam a necessidade de exigência rigorosa do Plano
de Proteção contra Incêndio, sob pena de outras catástrofes análogas — conclui.
O que diz o Governo do
Estado
O secretário da
Administração, Alessandro Barcellos, considera que "não há qualquer
fundamento para a interdição do Centro Administrativo Fernando Ferrari, já que
o prédio tem baixo risco de sinistralidade, tendo todos os equipamentos de
prevenção necessários para a segurança de todos os usuários".
— Desde o final de 2011, os
extintores de incêndio foram trocados e melhor distribuídos nos corredores do
prédio. O Centro Administrativo nunca esteve tão seguro. Equipamentos foram
trocados, formamos 150 brigadistas, há um projeto de troca de portas e elevadores.
Sobre a determinação da Justiça de
interdição do CAFF, Alessandro Barcellos,
disse que ele seguirá aberto.
— Os serviços do Centro
Administrativo serão mantidos até a análise e a apreciação do recurso pelo
Tribunal de Justiça — declarou o secretário, em nota oficial.
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