Portuários ameaçam parar a partir
de amanhã
O presidente da Força Sindical,
deputado Paulinho da Força (PDT-SP), disse hoje (14) que os trabalhadores
portuários não vão aceitar a aprovação da Medida Provisória 595/2012, a MP dos
Portos, sem a garantia de que aqueles cadastrados atualmente nos Órgãos
Gestores de Mão de Obra (Ogmos) sejam contratados pelos futuros portos
privados. Segundo ele, caso a MP dos Portos seja aprovada na Câmara dos
Deputados sem a emenda que trata do assunto, os portuários brasileiros entrarão
em greve a partir de amanhã (15).
“É preciso deixar muito claro hoje,
na Câmara, que ou o governo vai aceitar o acordo que tinha feito conosco na
comissão e não cumpriu ou, amanhã, os portos estarão totalmente paralisados. Se
votar hoje e não incluir a questão trabalhista os portos amanhã não trabalham”,
disse Paulinho. Ele se reuniu no Palácio do Planalto com o ministro da
Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, a ministra da
Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e representantes de
outras centrais sindicais para tratar de uma pauta ampla dos trabalhadores.
O acordo a que se referiu era a
inclusão da emenda do deputado Márcio França (PSB-SP), que pede a supressão do
termo “nos portos organizados” do texto da MP 595, para que os trabalhadores
inscritos no Ogmo também possam ser contratados em terminais fora de porto
público. A inclusão da emenda teria sido aceita pelo relator da matéria em
comissão especial, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), mas não foi incluída no
texto que deve ser votado hoje. “Nos sentimos meio ludibriados”, disse
Paulinho, reafirmando que, se a emenda não for votada junto com a MP, os portos
não funcionarão amanhã. (Agência Brasil)
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