segunda-feira, 20 de maio de 2013


Empresas de ônibus alegam prejuízos 
de R$ 20 mi sem reajuste na tarifa*
Os empresários de ônibus de Porto Alegre decidiram sair da sombra e partiram para o ataque. Os alvos foram a Prefeitura de Porto Alegre e os grupos que protestaram contra o aumento da passagem de ônibus na capital.  Os manifestantes são classificados como 'grupos com interesses eleitorais' em nota publicada hoje nos jornais. O cálculo da Associação dos Transportadores de Passageiros é que a manutenção da tarifa em R 2,85 já gerou prejuízo de mais de R$ 20 milhões às empresas.
A ATP lembra a intervenção em empresas de ônibus de Porto Alegre durante a gestão Olívio Dutra como um "lamentável episódio do passado" e que foi paga pelo contribuinte. A referência é para atacar a posição da atual gestão de não recorrer da decisão judicial que anulou o reajusta da tarifa para R$ 3,05. Para conter o que alega ser prejuízo, a ATP pede isenção do ISS e da taxa de contribuição para a EPTC. A entidade calcula a contribuição em R$ 7,7 milhões nos 70 dias em que a tarifa voltou ao valor de 2012.
Insatisfeitos com o atual momento do transporte de Porto Alegre, os empresários abrem flanco para a proposta de realização de licitação para o setor. Enquanto isto a Prefeitura de Porto Alegre ainda deve o resultado do estudo sobre o excesso de gratuidades que fazem com que uma em cada três viagens não sejam pagas. Outro ponto a ser debatido é o subsídio. Ele não existe em Porto Alegre, mas na prática o município vem aportando recursos na Carris para garantir o funcionamento da empresa pública que enfrenta dificuldade para sobreviver apenas com o valor da passagem.
*Blog do André Machado - clicRBS

EPTC não tem como atender suspensão de encargos, diz Capelari
O pedido de suspensão de pagamento dos encargos e Imposto Sobre Serviços (2,5%) e a Taxa de Contribuição (3%) para a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) proposto pela Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) não pode ser atendido, segundo o diretor-presidente da instituição, Vanderlei Capelari. Em entrevista à Rádio Guaíba nesta segunda-feira, ele afirmou que a exigências da ATP foram feitas para chamar a atenção do Judiciário, atitude que tem a concordância de Capelari. "Não temos como desistir do pagamento destes tributos, com a taxa de gestão e o ISS. Mesmo que isso venha a ser retirado das cobranças das empresas, seria preciso diminuir na tarifa também", explicou. 
Capelari solicitou o auxílio imediato do Judiciário nesta questão. A situação do transporte público em Porto Alegre também incomoda a EPTC, segundo o dirigente, que cita a Carris. "O Judiciário precisa assumir esse tema porque o impacto está sendo brutal. Hoje, a situação é administrável, mas se continuar desta forma a Carris permanecerá com dificuldade financeira", explicou. "Nós fizemos um estudo técnico que aponta uma tarifa de R$ 3,05 e hoje ela sofre um impacto de 20 centavos por cada passageiro que ingressa nos ônibus", acrescentou.
O diretor-presidente revelou que a intenção é tornar a Carris auto-sustentável e que uma reunião estratégica já foi marcada com o prefeito José Fortunati. "Se a tarifa não retornar ao valor que tecnicamente foi definido, nós realmente teremos muitas dificuldades por conta do aumento nos insumos", argumentou. 
(Com CP conteúdo)

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