Dirceu e Erenice fazem lobby juntos
Até junho de 2005, quando chefiava a Casa Civil da
Presidência da República, o então ministro José Dirceu centralizava
praticamente todas as ações do governo. Poderoso, nada acontecia em Brasília
sem antes passar pelo seu gabinete. Flagrado no comando do mensalão, o maior
esquema de corrupção política da história, ele deixou o governo, abriu um
escritório de advocacia, arregimentou clientes na iniciativa privada e ganhou
muito dinheiro vendendo uma mercadoria das mais valorizadas na praça: a
influência no poder. A ex-ministra Erenice Guerra chefiou a mesma Casa Civil
até setembro de 2010. Pilhada no comando de um esquema familiar que assessorava
clandestinamente empresas privadas interessadas em fazer negócios com o
governo, ela foi demitida. Assim como Dirceu, montou um escritório de
advocacia, reuniu uma carteira de clientes na iniciativa privada e também lucra
oferecendo acesso ao poder. A novidade é que os dois ex-ministros agora estão
operando juntos. Montaram em Brasília uma joint venture do lobby - uma parceria
que atende empresas e empresários interessados nos mais variados negócios com o
governo. (Veja online)
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