quarta-feira, 16 de janeiro de 2013



Bom Dia!
Mesmo já tendo sido chamado de reacionário, direitista e outras coisas mais, quero deixar bem claro que sempre fui um homem de convicções políticas que passam longe disso. Meu pai era getulista, brizolista, ou seja, um trabalhista convicto. Foi nesse ambiente que me criei. O que não significa dizer que, necessariamente, eu tenha que ser uma pessoa intransigente e que só pense e olhe para um único lado. O que está certo, ou o que está errado, no meu entender, vale para todos os lados. Dividir o mundo em esquerda e direita, é uma maneira simples de defender posições, nem sempre válidas. Nem tudo está tão certo de um lado como nem tudo está tão errado do outro.
Escrevi tudo isso para comentar a entrevista que acabo de ouvir com o Coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Cláudio Fonteles. Dela me chamou a atenção uma frase em que ele deixa claro que “não podemos admitir a volta de uma ditadura militar”, não necessariamente com estas palavras. Confesso que fiquei curioso com o que pensa o senhor Fonteles. Contra uma ditadura, militar ou não, acho que todos somos. Um regime de força seja de que lado for, é sempre indesejável. Ninguém pode admitir que governantes mandem, por exemplo, matar pessoas, fato que, por sinal, em se tratando de Brasil, está sendo apurado pela CNV.
O que eu gostaria de saber, e isso não foi perguntado ao Coordenador, se ele é contra toda e qualquer ditadura militar ou se fala apenas na que se instalou no Brasil. Afinal, muitos dos que condenam o que houve aqui, defendem, com unhas e dentes, as ditadura de Fidel Castro e de Hugo Chávez, só para falar nas mais conhecidas. Em Cuba e na Venezuela, mandar prender e matar inimigos do regime, tudo bem? Ou alguém vai querer me convencer que nestes países o regime é democrático? Claro que não. São ditaduras e militares, sim, tanto que Fidel e Chávez aparecem fardados de comandantes em chefe de seus governos.
Podem, então, me chamar de reacionário e outros adjetivos tão próprios de quem se esconde atrás de uma bandeira de esquerdista para, simplesmente, manter viva a chama de vingança mesmo que, disfarçadamente, lutem pelo poder permanente de seu grupo. Não me considero reacionário, nem de direita e nem tri de esquerda. Sou um defensor da liberdade em seu sentido mais amplo. Não quero nenhum tipo de regime totalitário que se instale clara ou veladamente. A permanência de um mesmo grupo no poder por muitos anos é sempre e inevitavelmente prejudicial à democracia. A corrupção que vem com isso, é o melhor exemplo.
A propósito, deixo com vocês uma música que fez muito sucesso com Os Originais do Samba: Esperanças perdidas. Espero, sinceramente, que todos tenham um Bom Dia!


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