Cúpula venezuelana se reúne em Cuba
Principais nomes do chavismo estão em
Havana, onde Chávez se recupera de cirurgia. Assembleia Nacional deverá tomar
importante decisão no sábado.
A cúpula do governo venezuelano reuniu-se nesta quinta-feira em Havana,
a uma semana da data marcada para Hugo Chávez assumir seu quarto mandato
presidencial. Adán Chávez, irmão mais velho do caudilho e governador do estado
de Barinas, foi à ilha encontrar o vice-presidente Nicolás Maduro,
apontado por Chávez como seu sucessor caso não tenha condições de tomar posse.
Antes de viajar a Havana no início de dezembro para ser submetido à quarta cirurgia contra o
câncer, Chávez fez um pronunciamento pedindo aos venezuelanos que votem em
Maduro em caso de novas eleições. A possibilidade de realização de um novo
pleito parece cada vez mais próxima, diante dos rumores crescentes sobre a
saúde do presidente.
O jornalista Nelson Bocaranda, que mantém o blog RunRun.es, divulgou em sua conta no Twitter que está nas mãos de Adán a decisão sobre manter ou não em funcionamento os aparelhos que estariam mantendo Chávez vivo. Foi Bocaranda quem primeiro revelou o câncer do caudilho, mas nem sempre o blog acerta: já anunciou, por exemplo, a morte de Fidel Castro.
O jornalista Nelson Bocaranda, que mantém o blog RunRun.es, divulgou em sua conta no Twitter que está nas mãos de Adán a decisão sobre manter ou não em funcionamento os aparelhos que estariam mantendo Chávez vivo. Foi Bocaranda quem primeiro revelou o câncer do caudilho, mas nem sempre o blog acerta: já anunciou, por exemplo, a morte de Fidel Castro.
Esta foi a mais recente informação não oficial sobre a recuperação do
mandatário, depois que o jornal espanhol ABC divulgou que Chávez estava em coma
induzido. As autoridades venezuelanas têm rebatido os rumores com
informações genéricas sobre o pós-operatório. O ministro de Ciência e
Tecnologia, Jorge Arreaza, que é genro de Chávez, foi quem divulgou a última
informação. Nesta quarta-feira, pelo Twitter, descreveu a situação como um quadro ‘estável porém
delicado’.
O chefe da Assembleia Nacional,
Diosdado Cabello, também está na capital cubana, segundo a imprensa
venezuelana, assim como a procuradora-geral Cilia Flores. Cabello deve voltar a
Caracas até sábado, quando a Assembleia Nacional deverá se reunir para eleger
sua cúpula em uma sessão que será determinante para o futuro do país. Isso
porque, se Chávez não tomar posse no dia 10, o chefe do legislativo tomará
posse interinamente até a realização de novas eleições.
A imprensa venezuelana especula que Cabello poderia permanecer na chefia do Parlamento ou passar o cargo para Blanca Fekhout. Na segunda hipótese, ele ficaria livre para apoiar o vice-presidente Nicolás Maduro em uma futura campanha presidencial - o que não poderia fazer se assumisse a Presidência.
Enquanto isso, em Caracas, a oposição segue cobrando transparência do governo na divulgação das informações sobre a saúde de Chávez. Propõe ainda a ida de uma comissão de parlamentares, governadores e médicos a Cuba para atestar de perto as condições do mandatário.
A imprensa venezuelana especula que Cabello poderia permanecer na chefia do Parlamento ou passar o cargo para Blanca Fekhout. Na segunda hipótese, ele ficaria livre para apoiar o vice-presidente Nicolás Maduro em uma futura campanha presidencial - o que não poderia fazer se assumisse a Presidência.
Enquanto isso, em Caracas, a oposição segue cobrando transparência do governo na divulgação das informações sobre a saúde de Chávez. Propõe ainda a ida de uma comissão de parlamentares, governadores e médicos a Cuba para atestar de perto as condições do mandatário.
(Agência
France-Presse)
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