O retorno gradual do IPI
(Imposto sobre Produtos Industrializados) para os carros deve ter um impacto de
até 4% no preços nas concessionárias nesta primeira fase de elevação do
tributo.
O IPI, que chegou a ser
zerado para os modelos 1.0 durante o ano passado, passou pela primeira a alta
neste mês, conforme anunciado pelo governo em dezembro.
Desde 1º de janeiro,
passou a incidir sobre esses modelos a alíquota de 2%, que será mantida até
nova elevação, em abril, quando vai a 3,5%. O imposto voltará ao patamar normal
(7%) em julho (veja na tabela abaixo).
A estimativa do impacto
nos preços feita pela Fenabrave (associação das concessionárias) considera a
retomada do imposto e a recomposição de margem das montadoras.
Para o presidente da
entidade, Flavio Meneghetti, a elevação nos preços deve ser compensada, em
parte, pela redução no custo do crédito, que afeta o valor das parcelas pagas
pelos consumidores.
"As tabelas [com os
novos preços das montadoras] começaram a sair ontem. O impacto vai ser algum
coisa em torno de 3% a 4% dependendo do modelo. Uma parte, sim, a redução do
custo financeiro pode compensar alta dos preços", afirma Meneghetti.
Quem for às
concessionárias no mês de janeiro, contudo, deve encontrar modelos com os
preços antigos, graças aos estoques formados pelas revendas, suficientes para
cerca de 20 dias de vendas.
Com preços mais altos em
2013, o setor prevê uma desaceleração nas vendas do ano. A estimativa é de um
crescimento de 3% para os segmentos de carros e comerciais leves. No ano
passado, o avanço foi de 6,1%, para 3,364 milhões.
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