Consumidor deve gastar menos no Natal
Período mais importante para o varejo brasileiro, o Natal deve
ser morno em vendas este ano, em meio a um cenário de maior cautela dos
consumidores, que estão contendo gastos e priorizando a liquidação de dívidas.
Após sofrer desaceleração generalizada na primeira metade do ano,
o consumo recuperou fôlego no segundo semestre, impulsionado por medidas de
incentivo adotadas pelo governo, como menores juros e maior oferta de crédito.
Tal recuperação, contudo, tem sido limitada pela combinação de
endividamento das famílias, inadimplência em patamares elevados e uma boa dose
de cautela. Segundo a Serasa, a inadimplência do consumidor cresceu mais de 15%
nos primeiros 10 meses do ano em relação ao mesmo período de 2011.
"Os níveis de endividamento e de comprometimento de renda do
consumidor continuam em patamares elevados, o que sinaliza que a capacidade das
famílias de assumir novos financiamentos permanece limitada. A inadimplência
das famílias estacionou em patamar elevado", assinalou a equipe da
consultoria LCA.
Segundo o indicador de atividade do comércio da Serasa Experian,
o movimento dos consumidores nas lojas do país caiu 2% em novembro ante
outubro, com ajustes sazonais.
Uma pesquisa feita em novembro pela consultoria Deloitte sobre
expectativas para o Natal apontou que os consumidores do país se consideram em
melhor situação financeira do que em 2011, mas mesmo assim serão mais prudentes
nas compras de final de ano.
Metade dos 750 respondentes querem gastar menos em presentes
neste final de ano e o valor médio por compra de "lembrancinhas" deve
ficar entre R$ 10 e 30. Em 2011, a pesquisa mostrou que os consumidores
pretendiam gastar entre R$ 50 a R$ 99, na média. (Agência Reuters).
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