"Presidir esta
Casa é consequência das circunstâncias políticas”. Era 4 de dezembro de 2007,
quando o alagoano Renan Calheiros, um dos principais líderes do PMDB, cedeu e,
para usar suas próprias palavras, decidiu “arredar o pé” e renunciar à presidência
do Senado Federal. A decisão, lida às 16h no plenário, marcou o desfecho de uma
crise que se arrastou por 194 dias e evitou que ele, enxovalhado por denúncias,
mais do que a cadeira de presidente, perdesse também o mandato.
Aos 57
anos, 18 deles no Senado, Renan Calheiros se considera um sobrevivente.
Aprendeu desde cedo que, nos corredores do Legislativo estadual ou nos carpetes
de Brasília, deveria manter sempre o pé em duas canoas. Apontado como um dos
mais hábeis políticos em atividade, tem como lema negociar antes de enfrentar,
mas também é conhecido pela personalidade vingativa e pelo apetite voraz pelo
poder. Depois de passar cinco anos atuando nos bastidores, remendando alianças
estremecidas e contemplando aliados, Renan se prepara para sair das sombras e
voltar à presidência do Senado em fevereiro - com o aval do Palácio do Planalto.(Com VEJA online)
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