Dosimetria - 1
Na sessão desta
quarta-feira, o STF deve concluir a definição das penas a serem aplicadas aos
ex-dirigentes do Banco Rural José Roberto Salgado e Vinicius Samarane. Na
última sessão, os ministros definiram a pena da ex-presidente da instituição
Kátia Rabello. Ela foi condenada a 16 anos e 8 meses de prisão. Nesta
quarta-feira, os ministros também devem concluir o caso de Rogério Tolentino,
ex-advogado e sócio informal de Marcos Valério. Tolentino ainda não teve a pena
definida para o crime de lavagem de dinheiro. Até agora, apenas Barbosa votou
na dosimetria deste item, fixando a pena em 5 anos, 3 meses e 10 dias de
reclusão.
O presidente Ayres Brito
passa a palavra para o ministro relator do processo, Joaquim Barbosa que retoma
a dosimetria analisando agora as penas a serem aplicadas ao ex-dirigente do
Banco Rural José Roberto Salgado.
O relator fixa a pena de
2 anos e 3 meses de reclusão para José Roberto Salgado pela prática do crime de
quadrilha.
Ayres Britto colhe o voto
dos demais ministros. Votam neste item Luiz Fux, Gilmar Mendes, Marco Aurélio,
Celso de Mello e Ayres Britto. Todos os ministros acompanham o voto de Barbosa.
O relator analisa agora a
pena a ser aplicada a Salgado pelo crime de lavagem de dinheiro. O réu foi
condenado por unanimidade neste item. Barbosa fixa a pena de 5 anos e 10 meses
de reclusão mais 166 dias-multa para José Roberto Salgado pela prática do crime
de lavagem de dinheiro.
Inicia seu voto o
ministro revisor, Ricardo Lewandowski.
"Este réu, ao
contrário de Kátia Rabello, não manteve nenhum contato externo de natureza
politica, era um técnico", diz Lewandowski. "Portanto, é preciso
aplicar-lhe uma pena um pouco mais mitigada e que tenha correspondência com a
sua responsabilidade nos fatos", explica o revisor.
Lewandowski fixa a pena
de 4 anos e 8 meses de reclusão mais 14 dias-multa para José Roberto Salgado
pela prática do crime de lavagem de dinheiro.
Rosa Weber acompanha a
pena fixada pelo revisor, mas a vota pela multa aplicada pelo relator. Luiz Fux
diz que sua pena se aproxima mais da fixada pelo relator. Por isso, ela
acompanha o voto de Barbosa. Dias Toffoli acompanha o revisor quanto à pena e o
relator quanto à multa. Cármen Lúcia vota acompanhando, na íntegra, o relator.
Gilmar Mendes também segue, na íntegra, o entendimento do relator. Marco
Aurélio vota acompanhando Barbosa na
íntegra. Celso de Mello também acompanha
o ministro relator. Ayres Britto fecha a votação também seguindo o entendimento
de Barbosa. A pena fixada pelo relator é a vencedora.
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