Fiquei
sabendo, o que me deixou muito feliz, que o show em benefício do Plauto Cruz
foi muito mais que um sucesso. Compromissos profissionais me impediram de
comparecer ao show que reuniu cerca de 50 artistas de Porto Alegre e cuja renda
(couvert) foi todo direcionado a ajudar a família do músico que completa 83
anos este mês e que está impossibilitado de trabalhar por motivos de saúde.
Parabéns a todos os participantes, aos organizadores e ao Paulo Pruss, do Porto
Alegre Personagens, que iniciou a campanha.
Não posso
fugir ao assunto já que ele tomou conta dos noticiários esportivos, e até
outros, de todo o Brasil. Estou falando na ação do Palmeiras junto ao Superior
Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pedindo a anulação do jogo que perdeu
para o Internacional (2 X 1) pelo gol feito com a mão pelo atacante Barcos e
que foi anulado pelo árbitro da partida. Os palmeirenses querem que seja
julgada a interferência de terceiros na decisão do juiz da partida.
Não quero
nem me meter no que está em julgamento, mas preciso falar o que penso a
respeito do assunto. E começo com a frase de um leitor que disse que, com o que
está sendo colocado, “está se querendo julgar quem denunciou o crime e não quem
cometeu”. Se houve uma ação comprovadamente irregular cometida pelo jogador do
Palmeiras, parece que para o time de São Paulo, isso não interessa. E o próprio
presidente do STJD, Flávio Zveiter, por sinal filho do ex-presidente Luiz
Zveiter, que em 2005 esteve envolvido em ação que, claramente, prejudicou o Internacional,
já declarou que o fato de Barcos ter admitido que fez o gol com a mão, “isso
não está em discussão. Nós, no pleno do STJD, vamos discutir a interferência, e
não o gol ilegal”.
É com uma
imensa tristeza que vejo as coisas no Brasil acontecendo como sempre
aconteceram. Cada um busca o melhor para si e para o que lhe convém. Não
importa se existe lei, se existe moral ou ética. Algumas pessoas tentam
usufruir tudo, mesmo que prejudicando outras. É assim em tudo, infelizmente.
Foi
pensando nisso que busquei uma música que define muito do que está ocorrendo e
que, lamentavelmente, sempre ocorreu. O tango Cambalache, na voz inconfundível
de Carlos Gardel, retrata o que muitos entendem ser “direito”. Mesmo assim,
espero que todos tenham um Bom Dia!
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