Na
abertura do 27º salão do automóvel de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff
deu uma boa notícia aos importadores e fabricantes: a redução do Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) será prorrogada até o final do ano -
anteriormente a previsão era apenas até o final de outubro.
A partir de 1º de
janeiro de 2013, entra em vigor o regime automotivo Inovar-Auto, que exige a
nacionalização de processos e investimentos no Brasil para a desoneração de
impostos.
Dilma
defendeu o programa dizendo que é necessário gerar conhecimento e tecnologia no
País. De acordo com ela, o Brasil é um mercado "apetecível" como
teria dito uma ministra de um país latino-americano. "Queremos gerar
tecnologia, por isso insistimos tanto na formação. Temos de cuidar da nossa indústria
e o programa é dizer para a indústria 'queremos te apoiar'", declarou.
Dilma
Rousseff ouviu do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio
Nobre, uma reclamação em relação ao programa. De acordo com o sindicalista, o
Inovar-Auto "não garantiu o desenvolvimento do País". Já o presidente
da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores
(Abeiva), Flávio Padovan, disse que os importadores não podem ser vistos como
inimigos.
A
presidente da República fez ainda uma separação entre o momento vivido pelo
mercado brasileiro e o atual dos países desenvolvidos - a quem chamou de
mercado maduro. Dilma afirmou que a classe média está sendo
"destruída" na Europa. "É um cenário totalmente distinto dos
países desenvolvidos, onde os mercados estão maduros e a classe média está
sendo destruídas notadamente nos países europeus", declarou. Ela afirmou
ainda que o Brasil está comprometido com um gasto menor de energia e exaltou a
matriz energética do País. "O mínimo de energia renovável em nossos carros
é de 20%".
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