quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Bom Dia!
É certo que muita gente vai lembrar de um personagem consagrado de um programa humorístico da televisão. Era um macaco que, quando ouvia um absurdo, dizia: “Eu só queria entender”. Lembraram?
Pois é. Ontem, ao assistir o voto do ministro Dias Toffoli, confesso que tive dificuldade para entender os motivos que o levaram, assim como ao ministro Ricardo Lewandowski, a absolver José Dirceu do crime de corrupção ativa. Afinal, num quadro de 10 ministros, eles acabam sendo os únicos dois que insistem na inocência de José Dirceu, chamado de “chefe da quadrilha” pelo procurador geral.
Como era fácil de prever, Toffoli condenou todos os outros réus e deixou José Dirceu, seu ex-chefe, seu companheiro de partido, homem que deve ter influído para que Lula o indicasse para o STF, para o final de seu voto. E não deu outra. Toffoli votou pela absolvição de José Dirceu.
O que não consigo entender é como uma pessoa que trabalhou com o ex-chefe da Casa Civil, que é reconhecidamente petista, que advogou para o partido, que vive com uma advogada que foi defensora de um ex-deputado do PT, não se considerou impedido de votar. Muito pelo contrário, não só não se considerou impedido como votou pela absolvição de seu amigo. E nem ficou vermelho.
É aí que entra o personagem do programa humorístico, o macaco. Ele, depois do voto de Toffoli, certamente diria: “Eu só queria entender”.
Como se sabe, ao final da sessão de ontem do STF, José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino foram condenados, por maioria, pelo crime de corrupção ativa.
Para começar o dia, peço licença para postar um vídeo com dois músicos que procuro ouvir sempre que estou feliz ou que preciso comemorar algo. São mais de 7 maravilhosos minutos com Duke Ellington e Johnny Hodges num blues sensacional: Beale Street Blues. Fico torcendo para que a quarta-feira seja maravilhosa para todos. Meus votos sinceros de Bom Dia!


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