Levantamento
do CFM (Conselho Federal de Medicina) com base em dados do Ministério da Saúde
aponta que quase 42 mil leitos de internação do SUS (Sistema Único de Saúde)
foram desativados entre outubro de 2005 e junho de 2012.
Entre
as especialidades mais atingidas com o corte, de acordo com a análise, estão a
psiquiatria (com perda de 9.297 leitos), a pediatria (menos 8.979 leitos), a
obstetrícia (menos 5.862), a cirurgia-geral (menos 5.033) e a clínica-geral
(menos 4.912).
Mato
Grosso do Sul é apontado como o Estado brasileiro que mais perdeu leitos
(-26,6%), seguido pela Paraíba (-19,2%) e pelo Rio de Janeiro (-18%). Em
números absolutos, São Paulo aparece na frente, com a redução de 10.278 leitos,
seguido por Minas Gerais, com 5.177, e pelo Paraná, 3.057.
Já
Roraima, segundo o levantamento, é o Estado que registrou o maior aumento no
número de leitos no mesmo período (33,5%), seguido por Rondônia (23,6%) e pelo
Amapá (9,2%). Em números absolutos, o Pará aparece na frente, com 793 leitos
criados, seguido por Rondônia, com 622, e pelo Amazonas, com 360.
Por
meio de nota, o presidente do CFM, Roberto Luiz d'Ávila, avaliou que grande
parte dos problemas enfrentados pelo SUS passa pelo subfinanciamento e pela
falta de uma política eficaz de presença do governo.
"Os
gestores simplificaram a complexidade da assistência à máxima de que 'faltam
médicos no país'. Porém, não levam em consideração aspectos como a falta de
infraestrutura física, de políticas de trabalho eficientes para profissionais
da saúde, e, principalmente, de um financiamento comprometido com o futuro do
SUS", disse no comunicado.
O
Ministério da Saúde apontou falhas no levantamento. De acordo com a pasta, o CFM
não fez uma interpretação correta dos números, já que os dados não foram
analisados ano a ano e os leitos remanejados não foram levados em consideração.
(Agência Brasil)
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