Segundo MP, grupo ocultou origem do dinheiro
usado para compra de votos.
Com o voto de Cármen Lúcia no
fim da tarde desta quarta-feira (13), seis réus já estão condenados pela
maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) por crime de lavagem de
dinheiro no julgamento do processo do mensalão. Entre eles, estão Marcos
Valério, acusado de ser o operador do suposto esquema de compra de votos no
Congresso, e os ex-dirigentes do Banco Rural Kátia Rabello e Jos[e
Roberto Salgado.
As condenações só serão
definitivas ao final do julgamento porque, antes da proclamação dos resultados,
qualquer ministro pode modificar o voto, embora isso seja improvável.
Além de Valério, foram
condenados os sócios dele Cristiano Paz e Ramon Hollerbach e a ex-funcionária
Simone Vasconcelos. Simone é a única entre os acusados que não havia recebido
condenação em outro crime. Com isso, 9 dos 37 acusados de esquema de compra de
votos no Congresso Nacional já foram condenados.
Sete dos dez magistrados que,
até a publicação desta reportagem, já tinham apresentado o voto decidiram
também absolver uma acusada por falta de provas, a ex-vice-presidente do Rural
Ayanna Tenório.
O atual vice-presidente do
Banco Rural Vinícius Samarane soma cinco votos pela condenação e dois pela
absolvição – entenderam que ele era inocente Ricardo Lewandowski e Marco
Aurélio Mello. O advogado de Valério, Rogério Tolentino, soma cinco votos pela
culpa – Lewandowski e Dias Toffoli votaram pela absolvição.
A funcionária de Marcos
Valério Geiza Dias, chamada de "mequetrefe" pelo advogado de defesa –
o defensor argumentou que ela era uma mera empregada da agência de publicidade
– tinha quatro votos pela absolvição e três pela condenação.
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