Afirmação foi feita por advogados do
candidato petista, em pedido à Justiça Eleitoral para tirar do ar peça
publicitária feita pela campanha de Serra.
A
campanha de Fernando Haddad (PT) à prefeitura de São Paulo considera
"manifestamente degradante” o candidato ser associado aos colegas de
partido José Dirceu e Delúbio Soares e ao deputado federal Paulo Maluf (PP). A
declaração foi feita para justificar ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) um
pedido para que a Justiça proibisse uma propaganda feita pela campanha do
candidato do PSDB, José Serra, que associa os três personagens a Haddad.
De acordo
com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, os advogados do petista, Hélio
Silveira e Marcelo Andrade, afirmam no documento: "A publicidade é
manifestamente degradante porque promove uma indevida associação entre Fernando
Haddad e pessoas envolvidas em processos criminais e ações de improbidade
administrativa.” Dirceu e Delúbio são réus do processo domensalão, que está em
julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Paulo Maluf responde na Justiça
por suspeita de desvio de dinheiro público.
Na
propaganda de TV, fotos de Haddad e dos três outros políticos são colocadas
lado a lado, com a mensagem: “Sabe o que acontece quando você vota no PT? Você
vota, ele volta." A argumentação dos advogados é que o candidato não tem
relação com o mensalão. “Haddad não é réu naquela ação penal originária do
Supremo. Não pode por isso ter sua imagem conspurcada por episódios que são
totalmente estranhos à sua esfera de responsabilidade."
Para a
campanha petista, a intenção da peça publicitária é “degradar através da
associação da imagem do candidato às pessoas que surgem na tela” e que há uma
tentativa de transportar a “carga negativa” dos personagens a Haddad. Procurado
pela reportagem, o advogado de Haddad Hélio Silveira tentou justificar o que
disse à Justiça: “Degradante é a forma feita pela campanha de Serra, o modo
como ele usou as imagens para vincular Haddad ao processo do mensalão.”
A Justiça
Eleitoral negou o pedido do PT, com o argumento de que não pode se falar em
“degradação ou ridicularização” quando um candidato tem o nome associado a
pessoas de seu próprio partido ou coligação. “Da mesma forma que um candidato
pode ser beneficiado pelo apoio de correligionários bem avaliados pela
população, pode ele ser prejudicado pela associação feita a políticos não tão
bem avaliados", conclui o juiz Manoel Luiz Ribeiro. (VEJA – Foto:Jorge Araújo/Folhapress).
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