Categorias paralisaram atividades em todo o
País para reivindicar reajuste salarial.
Os usuários podem ter dificuldade para
recebimento e pagamento de contas em razão da greve nacional dos trabalhadores
dos Correios e dos bancos. Com paralisação iniciada nesta quarta-feira, o
Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Rio Grande do Sul
(Sintect-RS) estima que 70% dos 7,5 mil trabalhadores do Estado deixem de
trabalhar até que uma nova proposta seja feita à categoria. No País, conforme a
Federação dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect),
mais de 84% dos trabalhadores já aderiram à paralisação.
Os grevistas querem reajuste de 43,7% nos
vencimentos, no entanto a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)
oferece 5,2%. Os servidores dos Correios também querem a contratação de 30 mil
novos profissionais. Segundo eles, esse é o número de efetivo que falta para a
ECT. O salário-base inicial de carteiros, atendentes comerciais e operadores de
triagem e transbordo é de R$ 942.
Conforme o Sintect-RS, a paralisação deve
causar prejuízo na triagem, recolhimento e entrega de cartas e encomendas, além
de restrição no serviços de Sedex. De acordo com os Correios, para garantir os
serviços à população haverá realocação de empregados das áreas administrativas,
contratação de trabalhadores temporários, realização de horas extras e mutirões
para triagem e entrega de cartas e encomendas nos finais de semana.
Em nota oficial, a estatal esclarece que “é
oferecido vale-transporte, assistência médica, hospitalar e odontológica para
empregados e seus dependentes (inclusive na aposentadoria) e adicionais de
atividade. Nos últimos nove anos os trabalhadores da ECT tiveram até 138% de
reajuste salarial, sendo 35% de aumento real”. Também no comunicado, a entidade
explica que a solicitação do sindicato extrapola a receita dos Correios, que é
de R$ 15 bilhões para este ano, enquanto que se fosse concedido o aumento pedido
haveria prejuízo, já que a verba necessária seria de R$ 25 bilhões.
O secretário geral do Sintect, Vicente
Guindani, argumenta que a greve é a única forma de pressionar o governo para
aumentar a qualidade do trabalho para os servidores e a sociedade. “Manteremos
os 30%, conforme estabelece a lei, mas não temos previsão para acabar com a
paralisação, já que o governo não acena com nova proposta”, afirma.
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