José Eduardo Cardozo
ainda orientou a abertura de processos disciplinares contra policias que
estejam praticando operação-padrão, proibida pelo STJ
Ao mesmo tempo em que tenta negociar
com os servidores públicos em greve, o governo decidiu enquadrar os setores
considerados mais radicais. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
determinou nesta segunda-feira o corte de ponto dos agentes da Polícia Federal
(PF) que faltarem ao serviço em razão da greve.
Em contato com o diretor-geral
da PF, Leandro Daiello Coimbra, o ministro orientou ainda a abertura pela corregedoria
de processos disciplinares contra policias que estejam abusando da população
sob o manto da chamada operação padrão, que na semana passada foi proibida
pelo STJ.
Na decisão, o ministro Maia
Filho proibiu ainda que "sejam adotados cerceamentos à livre circulação de
pessoas, sejam colegas do serviço público, autoridades ou usuários".
"Ou seja, proíbo a realização de quaisquer bloqueios ou empecilhos à
movimentação das pessoas, no desempenho de suas atividades normais e lícitas e ao
transporte de mercadorias e cargas", afirma a decisão. Para o ministro do
STJ, a operação-padrão "é uma tática que provoca inegáveis perturbações no
desempenho de quaisquer atividades administrativas".
Proposta – A
União das Carreiras de Estado (UCE), que representa 22 categorias de
servidores, divulgou nota onde considera insuficiente a proposta do governo de
conceder aumento total de 15,8 % em três anos e marcou para a próxima
quinta-feira uma assembleia para discutir paralisações, que atingiriam o Banco
Central e a Controladoria-Geral da União (CGU), entre outras.
O governo reservou entre 14
bilhões de reais e 22 bilhões de reais para o reajuste de servidores, conforme
informou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
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