Lewandowski tratará do
chamado núcleo publicitário do esquema de corrupção.
No 13º dia de julgamento do
mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), os holofotes se voltam nesta
quarta-feira para o ministro revisor do processo, Ricardo Lewandowski. Ele
começará a apresentar o seu voto sobre o primeiro item das considerações do relator,
Joaquim Barbosa, o chamado "núcleo publicitário".
Lewandowski tratará de duas
sequências de crimes que envolveram desvios de dinheiro público para o esquema
do publicitário Marcos Valério, operador do mensalão. A expectativa é que o
voto do revisor apresente divergências em relação ao de Barbosa.
Na quinta-feira passada,
Barbosa pediu a condenção de João Paulo Cunha (PT-SP), presidente da
Câmara na época do escândalo, por desvios em favor da SMP&B, de Marcos
Valério. O petista responde por corrupção passiva, peculato e lavagem de
dinheiro. O publicitário e seus sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach também
foram considerados culpados pelo relator; eles são acusados de peculato e
corrupção ativa.
Na segunda-feira, Barbosa
prosseguiu seu voto e tratou de outra sequência de crimes envolvendo dinheiro
público: ele mostrou como Henrique Pizzolato, diretor de Marketing do Banco do
Brasil, permitiu que a DNA Propaganda se apropriasse indevidamente de mais de
75 milhões de reais da instituição. Os valores repassados à agência de Marcos
Valérioalimentaram o esquema do mensalão. O publicitário e seus dois
sócios também respondem, ao lado do ex-diretor do Banco do Brasil, pelos crimes
de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Mais uma vez, Valério e
seus sócios foram considerados culpados pelo relator.
São as acusações contra Cunha,
Pizzolato e o grupo de Marcos Valério que Lewandowski abordará na sessão desta
quarta-feira. A expectativa, entretanto, é que ele só conclua a leitura de suas
considerações sobre esse trecho da denúncia na quinta-feira - ou até na próxima
semana.
Esse "capítulo" da denúncia é importante para o prosseguimento do julgamento porque trata da aplicação de recursos públicos no esquema de corrupção. O relator foi claro ao afirmar que o dinheiro desviado, especialmente no caso do Banco do Brasil, foi parar nas mãos de deputados cooptados pelo mensalão. O voto de Lewandowski é aguardado pelas defesas porque há expectativa que o revisor apresente uma tese "alternativa" à de Joaquim Barbosa.
Esse "capítulo" da denúncia é importante para o prosseguimento do julgamento porque trata da aplicação de recursos públicos no esquema de corrupção. O relator foi claro ao afirmar que o dinheiro desviado, especialmente no caso do Banco do Brasil, foi parar nas mãos de deputados cooptados pelo mensalão. O voto de Lewandowski é aguardado pelas defesas porque há expectativa que o revisor apresente uma tese "alternativa" à de Joaquim Barbosa.
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