Na reabertura da sessão de hoje do STF, o ministro Gilmar
Mendes começa a ler o seu voto.
Gilmar Mendes diz que houve excelente trabalho da defensoria
pública e que a Justiça fica "envaidecida" pela clareza e postura
correta da defensoria.
Gilmar Mendes evoca os direitos do réu de nunca precisar
provar sua defesa e que sempre haverá a presunção de inocência. "O réu
jamais se presume culpado até que se venha a sentença condenatória",
afirma o ministro.
Os ministros
divergiram, durante o julgamento, sobre a possibilidade de se pode usar, ou
não, as provas obtidas durante a fase de inquérito. Para Gilmar Mendes,
"não pode haver condenação em prova exclusivamente obtida em
inquérito", em que não há o contraditório.
Gilmar
Mendes fala sobre a contratação da SMP&B pela Câmara e diz que o dinheiro
repassado a João Paulo Cunha nunca passou pelas contas do PT. "A prova
mostra que o dinheiro não teve origem no partido. Mas das contas da
agência", afirma.
"Não me parece
plausível que alguém, com condição de ocultar, mandasse a própria esposa para
sacar o dinheiro. Certamente não faz também sentido que o presidente da Câmara,
que tem inúmeros assessores, faça uso da sua própria esposa para um saque que
seria do próprio partido".
Gilmar
Mendes acompanha o relator e condena João Paulo Cunha por corrupção passiva. E
condena Marcos Valério e seus sócios por corrupção passiva. Ele também
condena João Paulo Cunha por lavagem de dinheiro.
Em relação a contratação
do assessor, Gilmar entende que não houve crime de peculato por parte do
ex-presidente da Câmara e pede sua absolvição por falta de provas. O ministro acompanha o relator e condena João Paulo
Cunha pelo segundo peculato, pela contratação indevida da SMP&B.
“Quando eu ouvia os
relatos (do processo), eu me perguntava, senhor presidente, o que fizeram com o
nosso Banco do Brasil? Como nós descemos na escala das degradações. É um fato
extremamente grave".
Em
relação aos desvios do Banco do Brasil, Gilmar Mendes diz que acompanha o
relator e condena Henrique Pizzolato, Marcos Valério e seus sócios. Ele também
absolve Gushiken.
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