segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Mensalão

Leitura do relatório – segundo dia - 1
Começou às 14h30 a sessão do STF que retoma o julgamento do mensalão. Contrariando a expectativa inicial, o presidente do Supremo, Carlos Ayres Britto, não abriu a sessão desta segunda com o voto do revisor do processo do mensalão, Ricardo Lewandowski. 
O relator, ministro Joaquim Barbosa, recomeça a ler seu voto, iniciando com a parte sobre os crimes relacionados ao Banco do Brasil e o polêmico bônus de volume. O suposto desvio de R$ 2,9 milhões do contrato entre a DNA e o Banco do Brasil é um dos argumentos usados por Gurgel para pedir a condenação do grupo de Valério e de Henrique Pizzolato. O valor seria referente ao chamado "bônus de volume", comissões recebidas dos meios de comunicação que veicularam anúncios do Banco do Brasil, segundo a defesa de Valério. Em vez de repassar os valores ao banco, a DNA teria usado o dinheiro no esquema, segundo a Procuradoria.
“A apropriação violou cláusula contratual expressa e ainda configurou crime de peculato. Todos os descontos de que a DNA é acusada de ter se apropriado foram concedidos expressamente ao Banco do Brasil, não se referindo a alegados planos de mídia. Daí porque, ao contrário do acórdão do TCU, aqui se trata de compras feitas por entidades da administração pública, sem relação com a DNA. Não faz sentido uma das empresas devolver esse bônus de volume num contrato e em outro não devolver”.
Fica evidente, portanto, que o acusado deveria ter cumprido o dever de ofício e impedido a apropriação de valores pela DNA Propaganda, diz Barbosa.
Agora Barbosa relata como teriam sido feitos desvios por meio de verba do Banco do Brasil. Segundo o relator, houve omissão. "Deveria o banco ter adotado todas as providências", diz, citando relatório do TCU.

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