quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Mensalão

Julgamento: décimo dia - 1

Começa o décimo dia de sessões de julgamento do mensalão no STF. Hoje falarão os defensores dos três últimos réus. É chamado para a tribuna o advogado Roberto Garcia Lopes Pagliuso, defensor de José Luiz Alves. 
Ele era assessor do então ministro dos Transportes na época do mensalão, Anderson Adauto.
Pagliuso começa elogiando Roberto Gurgel, por aguentar acusações e brincadeiras dos advogados, e também Joaquim Barbosa, por aguentar as dores para continuar no STF. Lamenta que não haja nenhuma advogada mulher entre os defensores dos réus.
José Luiz Alves era chefe de gabinete de Anderson Adauto e o ministro pediu a ele que fosse retirar os recursos para pagar dívidas de campanha. "Ele sabia a origem? Sabia a origem. A origem era do PT. E ele sabia da origem das dívidas, da ligação do PT com o PL".
“Como não está caracterizado o crime de lavagem de dinheiro, eu peço que José Luiz Alves seja absolvido".

O criminalista Luciano Feldens é chamado para defender o publicitário Duda Mendonça.
Duda Mendonça é acusado de receber R$ 10,8 milhões de Marcos Valério em contas no Brasil e no exterior que não foram declarados. Foi Duda quem fez a campanha presidencial de Lula. O advogado Feldens lembra os slogans de Lula como "Lula lá" e "A esperança vai vencer o medo", criados por Duda para a campanha.
“Duda Mendonça e Zilmar Fernandes receberam o dinheiro por contratos firmados e pela campanha feita muito antes da formação de qualquer organização criminosa que por ventura tenha se criado no país e que hoje é objeto desta ação".
A defesa alega que os recursos recebidos pelo publicitário eram para pagamentos de dívidas durante a campanha publicitária de Lula em 2002. Alega que o preço de um comercial varia entre R$ 50 mil e R$ 1 milhão e que todos os recursos recebidos foram legais. "Eles eram devedores, tinham que pagar dívidas. Duda não ficou com nada", afirma.
“Todo o dinheiro que eles receberam tem origem lícita. O dinheiro que receberam se destinava à dívida contraída na campanha presidencial de 2002. Duda e Zilmar Fernandes não são mensaleiros"
O advogado diz que o publicitário abriu as contas com "número de identidade, passaporte, endereço, telefone" em seu único nome e sem ocultar dados. Nega que houvesse intenção de lavar ou esconder o dinheiro recebido do PT e que Duda recebeu "créditos licítos" que tinha a receber por contrato.
“A denúncia do procurador-geral da República não passa da folha do papel. Ter conta no exterior não é crime".

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