terça-feira, 14 de agosto de 2012

Mensalão

Advogados defendem petistas e ex-ministro 
Nesta terça-feira, penúltimo dia dedicado às sustentações orais dos advogados, falarão os defensores de três ex-deputados federais do PT, de uma assessora do ex-parlamentar Paulo Rocha e do ex-ministro do governo Lula Anderson Adauto. A sessão de hoje no Supremo Tribunal Federal (STF) está marcada para as 14h.
O advogado do ex-deputado federal petista Paulo Rocha será o primeiro a apresentar seus argumentos. Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), ele teria recebido no esquema R$ 920 mil - a maior parte por intermédio de Anita Leocádia, sua auxiliar.
Na sequência, a defesa da auxiliar do ex-deputado Paulo Rocha, Anita Leocádia, falará no STF. Ela também é acusada por lavagem de dinheiro. Segundo a acusação, Anita intermediou o recebimento de pelo menos R$ 600 mil em agências do Banco Rural em Brasília e em São Paulo e também em um quarto de hotel, onde recebeu R$ 200 mil do próprio Marcos Valério.
Entre todas as cifras envolvidas no escândalo do mensalão, a que aparece ao lado do nome do ex-deputado federal Luiz Carlos da Silva, o Professor Luizinho (PT-SP), é a menor. Ele é acusado por lavagem de dinheiro porque, de acordo com o MP, um ex-assessor sacou R$ 20 mil em uma agência do Banco Rural, em Brasília.
Também acusado por lavagem de dinheiro, o ex-deputado federal João Magno (PT-MG) dirá, através de seu advogado, Wellington Alves Valente, que o MP não conseguiu provar a origem ilícita dos recursos para caracterizar o crime de lavagem. De acordo com a denúncia do MP, o ex-deputado utilizou assessores e o próprio irmão como intermediários no transporte de R$ 350 mil recebidos do esquema do mensalão.
O advogado do ex-ministro dos Transportes e atual prefeito de Uberaba, no triângulo mineiro, Anderson Adauto (PMDB), acusado por lavagem de dinheiro e corrupção ativa, fechará o nono dia do julgamento do mensalão. A defesa afirma que não há provas dos supostos crimes. O advogado Roberto Pagliuso confirma que Adauto recebeu R$ 410 mil do PT, mas diz que o recurso era lícito até onde ele sabia e foi usado para pagar despesas com carros de som usados na campanha de Adauto em 2002.
Com as exposições dessas cinco defesas, ficarão faltando apenas três para terminar a fase dedicada aos argumentos dos advogados dos acusados. Na quarta-feira, falarão os defensores dos réus José Luiz Alves, ex-chefe de gabinete de Anderson Adauto no ministério dos Transportes, do publicitário Duda Mendonça e de sua sócia, Zilmar Fernandes Silveira.

Nenhum comentário:

Postar um comentário