Justiça suspende obras de Belo
Monte
A 5ª Turma do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região decidiu por unanimidade nesta terça-feira conceder
provimento parcial a um pedido do Ministério Público Federal no Pará (MPF-PA) e
determinou a imediata suspensão das obras do complexo hidrelétrico de Belo
Monte, sob pena de multa diária de 500 mil reais. A construção seguirá
paralisada até que o Congresso faça uma consulta às comunidades indígenas e
aprove um novo decreto autorizando a obra. Ainda cabe recurso à decisão no
Supremo Tribunal Federal (STF).
Processo –
O desembargador Souza Prudente explicou que o decreto legislativo de 2005,
aprovado pelo Congresso e que autorizou a implementação das obras, foi editado
sem que tenha sido ouvida de forma prévia a opinião das comunidades indígenas
da região, como determina a Constituição e a Convenção nº 169, da OIT. "O
Congresso só pode autorizar a obra se as comunidades indígenas
concordarem", afirmou.
"Não se cumpriram as
disposições da OIT e da Constituição, que determinam a participação efetiva das
comunidades indígenas em qualquer tomada de decisão do poder público que possa
resultar em impactos em suas terras, cultura e bens materiais e
imateriais", afirmou.
Segundo ele, o estudo de
impacto ambiental deveria ter sido feito antes da autorização dada pelo decreto
legislativo. De posse dos elementos do estudo, só então o Congresso poderia
fazer a consulta às comunidades indígenas e autorizar o início da obra. "O
Congresso terá que corrigir seu ato materialmente viciado", disse Prudente.
FHC:
mensalão mancha imagem de Lula
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) declarou nesta terça
(13) que espera a condenação dos 38 réus envolvidos no escândalo do mensalão.
“Eu acho que houve crime, o Brasil inteiro sabe disso”, afirmou. “Uma pesquisa
mostrou que as pessoas estão acompanhando o julgamento, mas não acreditam que
tenha alguma coisa (condenação). Eu acho que é preciso que tenha alguma coisa”,
disse o ex-presidente. FHC disse ainda que as condenações podem manchar a
imagem do ex-presidente Lula (PT).
Servidoras
afastadas de ministério
Uma diretora e uma gerente do Ministério das Cidades, acusadas pelo
Ministério Público Federal de fraudar parecer técnico que respaldava a escolha
do VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) para Cuiabá, foram afastadas dos cargos por
determinação da Justiça Federal do DF. De acordo com a Procuradoria, a
troca do BRT pelo VLT foi aprovada mediante um parecer técnico fraudado pela
diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Luiza Gomide de Faria
Vianna, e pela gerente de projetos da diretoria, Cristina Maria Soja. A
liminar foi expedida na última quinta (9). Na semana passada, a Justiça Federal
em Mato Grosso já havia mandado suspender o contrato para a implantação do VLT,
principal obra de mobilidade urbana prevista para a Copa do Mundo de 2014 no
Estado, orçada em R$ 1,47 bilhão.
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