Três eixos serão ameaças externas, proteção de portos, aeroportos
e fronteiras, e ameaças internas.
O governo publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta
quinta-feira os detalhes do planejamento estratégico de segurança para a Copa
do Mundo de 2014. A segurança vai ser fixada em três focos: ameaças externas;
proteção de portos, aeroportos e fronteiras; e ameaças internas (segurança
interna e estabilidade). O planejamento envolve não só as 12 cidades-sede da
Copa – Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR),
Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de
Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Salvador (BA) -, mas também as localidades
vizinhas.
A coordenação é da Secretaria Extraordinária para a Segurança de
Grandes Eventos. As responsabilidades serão compartilhadas entre os governos
federal, estaduais e municipais, inclusive as despesas financeiras. Mas a
Polícia Federal (PF) contará também com a ajuda da Interpol, organização
policial internacional.
“Os três níveis de governo estarão trabalhando em estreita
cooperação para integrar as instituições envolvidas e criar condições
favoráveis para a implementação das ações de prevenção de riscos”, diz o texto.
“O Estado brasileiro precisa munir-se de meios necessários para fazer frente a
esse enorme desafio, prestando à sociedade um serviço de segurança pautado pela
eficiência, balizada por padrões internacionais”, fala.
O texto alerta que na área de segurança estratégica é fundamental
observar os espaços aéreo, terrestre e marítimo, além do conteúdo cibernético.
As Forças Armadas serão acionadas para essas atividades. A Agência Brasileira
de Inteligência (Abin) vai coordenar o monitoramento das rotinas das cidades.
Porém, as preocupações com a Copa do Mundo de 2014 se voltam
principalmente para a ocorrência de surpresas envolvendo o crime organizado, as
torcidas violentas do Brasil e do exterior, além da exploração sexual de
crianças e adolescentes, assim como ameaças terroristas e insegurança nas
regiões de fronteira. O Brasil tem fronteira com dez países e mais de 15 mil
quilômetros.
As portarias destacam que é fundamental planejar a Copa do Mundo
pensando que deixará um legado para o País. Segundo o governo, a principal
contribuição do evento será a integração entre as várias esferas do Poder
Público. O esforço, diz o texto, é para reduzir, por exemplo, os índices de
criminalidade.
“Assim, torna-se indiscutível a necessidade de que todo o
planejamento tenha foco no legado a ser deixado para a área de segurança
pública”, afirma o texto. “A experiência adquirida durante o processo, bem como
a estrutura montada, ficará como legado para a política permanente de segurança
pública”, acrescenta. (Agência Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário