quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Copa 2014: Planejamento de segurança 
Três eixos serão ameaças externas, proteção de portos, aeroportos e fronteiras, e ameaças internas.
O governo publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira os detalhes do planejamento estratégico de segurança para a Copa do Mundo de 2014. A segurança vai ser fixada em três focos: ameaças externas; proteção de portos, aeroportos e fronteiras; e ameaças internas (segurança interna e estabilidade). O planejamento envolve não só as 12 cidades-sede da Copa – Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Salvador (BA) -, mas também as localidades vizinhas.
A coordenação é da Secretaria Extraordinária para a Segurança de Grandes Eventos. As responsabilidades serão compartilhadas entre os governos federal, estaduais e municipais, inclusive as despesas financeiras. Mas a Polícia Federal (PF) contará também com a ajuda da Interpol, organização policial internacional.
“Os três níveis de governo estarão trabalhando em estreita cooperação para integrar as instituições envolvidas e criar condições favoráveis para a implementação das ações de prevenção de riscos”, diz o texto. “O Estado brasileiro precisa munir-se de meios necessários para fazer frente a esse enorme desafio, prestando à sociedade um serviço de segurança pautado pela eficiência, balizada por padrões internacionais”, fala.
O texto alerta que na área de segurança estratégica é fundamental observar os espaços aéreo, terrestre e marítimo, além do conteúdo cibernético. As Forças Armadas serão acionadas para essas atividades. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) vai coordenar o monitoramento das rotinas das cidades.
Porém, as preocupações com a Copa do Mundo de 2014 se voltam principalmente para a ocorrência de surpresas envolvendo o crime organizado, as torcidas violentas do Brasil e do exterior, além da exploração sexual de crianças e adolescentes, assim como ameaças terroristas e insegurança nas regiões de fronteira. O Brasil tem fronteira com dez países e mais de 15 mil quilômetros.
As portarias destacam que é fundamental planejar a Copa do Mundo pensando que deixará um legado para o País. Segundo o governo, a principal contribuição do evento será a integração entre as várias esferas do Poder Público. O esforço, diz o texto, é para reduzir, por exemplo, os índices de criminalidade.
“Assim, torna-se indiscutível a necessidade de que todo o planejamento tenha foco no legado a ser deixado para a área de segurança pública”, afirma o texto. “A experiência adquirida durante o processo, bem como a estrutura montada, ficará como legado para a política permanente de segurança pública”, acrescenta. (Agência Brasil)

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