Em uma última cartada antes de ter confirmado seu
destino político como parlamentar, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO)
ocupou a tribuna do plenário nesta segunda-feira para tentar defender seu
mandato. O político goiano voltou a insistir na a tese de que é vítima de armações
da Polícia Federal e utilizou cerca de 25 minutos de discurso para pedir
nominalmente perdão a cada um dos 44 senadores que, em março, prestaram a ele
solidariedade pública. Na época, começaram a surgir as primeiras denúncias de
que Demóstenes tinha colocado seu mandato como senador a serviço do
contraventor Carlinhos Cachoeira. O discurso foi feito para o plenário
praticamente vazio.
“Cheguei a cair, fui ao fundo do poço, venci a
maior das guerras: aquela travada pelo meu próprio consciente”, disse. “A
todos reafirmo a minha inocência. Estou apodrecido pela exposição, não pelos
fatos”, exagerou.
Demóstenes voltou sua artilharia para a atuação da
Polícia Federal, classificada por ele como resultado de “maldosas fraudes” na
edição e divulgação de grampos telefônicos feitos durante as operações Vegas e
Monte Carlo.
“Não há honra que resista a tão longo turbilhão. De
vazamento em vazamento e de grão em grão foi moída a história de uma vida
honrada. Tiras hermeneutas fizeram gravações montadas e editadas. Elas foram
aproveitadas como quis a autoridade denunciante”, declarou o senador.
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