segunda-feira, 4 de junho de 2012

 
STF monta esquema para impedir manobras de acusados

A possibilidade de que artimanhas jurídicas e manobras acabem jogando o julgamento do mensalão para depois das eleições, está preocupando o Supremo Tribunal Federal (STF) que já se prepara para impedi-las.
Com o aparecimento do ex-presidente Lula no cenário, o ministro Ayres Brito, juntamente com seus colegas, prepara o antídoto para manobras dos advogados de defesa dos réus. Uma delas é deixar advogados da Defensoria Pública de sobreaviso caso algum defensor “adoeça de última hora” ou seja destituído por seu cliente, o que obrigaria a novo prazo. Os defensores públicos estudam o processo faz muito tempo e estão, segundo informações do STF, plenamente aptos a trabalhar no caso.
A execução das penas, nos casos de condenação. O acórdão precisa ser publicado tão logo termine o julgamento, com todos os seus detalhes. O Supremo costuma perder meses, nessa etapa, im pedindo que os advogados entrem com recurso em favor de seus clientes.
Os ministros, no entanto, estão pensando em procedimentos que acelerem a conclusão do julgamento, e já começam a discutir, entre si, a formatação da sessão.


Fernando Henrique Cardoso
Sobre a suposta tentativa de Luiz Inácio Lula da Silva de pressionar o ministro Gilmar Mendes, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que está em Pequim, ressaltou que “Lula quer tapar o sol com a peneira”, caso se confirme a reportagem da Veja.
"O Lula tem a tese de que o mensalão foi uma farsa, desde aquela declaração que deu em Paris [em 2005], com a qual tentou minimizar a questão. Se ele fez isso, e eu não posso afirmar porque não tenho dados, ele está insistindo na mesma tese", declarou FH.
Salientando que não pode afirmar se o encontro entre Lula e Mendes ocorreu da maneira como foi dito, FHC lembrou que coisas desse tipo não podem ocorrer e que o julgamento do mensalão tem, que ser encarado como coisa natural.
"O Brasil avançou muito e chegou o momento em que essas coisas têm que ser encaradas com naturalidade, com normalidade". O ex-presidente foi responsável pela nomeação de Gilmar Mendes para o STF, em 2002.
Fernando Henrique entende que o julgamento dos réus do mensalão, relacionados pelo procurador Geral da República, deve acontecer independentemente de atingir interesses políticos.
"O que é importante é que haja um julgamento. É o que país todo espera, que haja um julgamento e que o julgamento seja correto, que o que está lá nos autos seja objeto de sanção", ressaltou o ex-presidente. "O país espera que o Tribunal atue com independência e objetivamente nos diga, 'é verdade' ou 'não é verdade'."

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