Silêncio de Demóstenes provoca tumulto na CPI
A curta
sessão da CPI do Cachoeira nesta quinta-feira (31) foi marcada por um grande tumulto
e muitas ofensas públicas. Tudo devido ao silêncio do depoente, senador
Demóstenes Torres (sem partido-GO) que se negou a responder aos questionamentos
feitos pelos parlamentares.
O deputado
Silvio Costa (PTB-PE), um dos mais exaltados, disse que Demóstenes não só é
culpado como está condenado ao inferno. “O seu silêncio é a mais perfeita
tradução da sua culpa. Esse seu silêncio escreve em letras garrafais: ‘eu,
Demóstenes Torres, sou, sim, membro da quadrilha de Carlinhos Cachoeira”, disse
o deputado.
Ele foi
interrompido pelo senador Pedro Taques (PDT-MT), procurador da República
licenciado que interveio contra as ofensas dirigidas ao depoente.
“Todos aqui, enquanto parlamentares, devem obedecer à Constituição da República", ponderou. "A Constituição afirma que o cidadão, seja lá quem for, não pode ser tratado com indignidade. Não me interessa quem seja. Pessoas morreram no mundo em razão do direito constitucional ao silêncio. Pode ser o crime mais grave, mas o princípio constitucional ao silêncio e o direito fundamental da pessoa humana de ser respeitado precisam ser respeitados”.
“Todos aqui, enquanto parlamentares, devem obedecer à Constituição da República", ponderou. "A Constituição afirma que o cidadão, seja lá quem for, não pode ser tratado com indignidade. Não me interessa quem seja. Pessoas morreram no mundo em razão do direito constitucional ao silêncio. Pode ser o crime mais grave, mas o princípio constitucional ao silêncio e o direito fundamental da pessoa humana de ser respeitado precisam ser respeitados”.
Ao se
levantar para deixar o plenário, Silvio Costa se dirigiu a Pedro Taques, fora
dos microfones. “Seu demagogo, seu m...., seu m....” o que fez com que o
presidente da CPI, Vital do Rego encerrasse a sessão. “Vocês passaram dos
limites”, disse o presidente.
Governadores só falam depois do feriado
O presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), informou nesta quinta-feira que marcou a audiência para ouvir os governadores de Goiás, o tucano Marconi Perillo, e do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, para os dias 12 e 13 de junho. Os encontros foram marcados por Vital com a anuência do relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), e da liderança do PSDB na Câmara.
O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da CPI, informou que estão marcadas as datas para os depoimentos dos governadores de Goiás e do Distrito Federal. Marconi Perillo (PMDB-GO) prestará depoimento no dia 12 e Agnélo Queiróz (PT-DF) será ouvido no dia 13 de junho
O líder do PSDB do Senado, Alvaro Dias (PR), pretendia que o depoimento de Perillo fosse tomado já no próximo dia 5, mas Vital negou o pedido, alegando que já estava acordada a data com a liderança dos tucanos da Câmara, por intermédio do deputado Carlos Sampaio (SP).
Simon quer uma devassa na Delta
Na opinião do senador Pedro Simon (PMDB-RS), a quebra do sigilo
bancário da Delta, reforça a necessidade de uma força tarefa para que seja
realizada uma devassa na construtora. Ele avredita que, para serem amplas e
profundas, as investigações exigem uma força tarefa formada pela Polícia
Federal, Ministério Público, Receita federal, Tribunal de Contas da União,
Conselho de Controle de Atividades Financeiras e Interpol.
- A CPI do Cachoeira anda devagar e quase parando, afirma o
senador gaúcho que também sugere o bloqueio dos bens de todos os proprietários
e sócios, quebra de sigilos bancários, telefônicos e fiscal e a retenção de
passaportes.
- A CPI convocou governadores mas deixou de lado, por exemplo, o dono
da Delta, a maior empreiteira do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o
Sr. Fernando Cavendish. O empresário já anunciou que vai embora para os Estados
Unidos. Ele diz isso e não acontece nada, acrescenta Pedro Simon.
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