terça-feira, 22 de maio de 2012

Opinião

Fogo amigo
Decididamente os projetos encaminhados pelo governo estadual para votação na Assembleia Legislativa, estão complicando as relações entre os componentes da base aliada.
Inicialmente, o PDT se rebelou contra a criação da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e ameaça votar contra se o projeto não for modificado. Os pedetistas, inclusive, prepararam um substitutivo e querem que o governo admita mudanças no projeto original. Querem, principalmente, que os pedágios sejam transformados em “comunitários” e que a arrecadação de cada um, seja aplicada em melhorias nas estradas sob sua jurisdição.
Agora, é a vez do secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, abrir fogo contra a proposta que, no entender dele, está incompleta. O secretário disse que o projeto não foi ele quem fez e criticou a forma como foi construído. Mesmo sendo a favor da criação da EGR, Albuquerque entende que se o objetivo do governo é deixar o DAER focado na construção e conservação das estradas, deveria caber à EGR, além da gestão dos pedágios, também as estações rodoviárias.
Outra pedra no sapato do governo é a questão do reajuste linear da previdência. Novamente a bancada do PDT se posiciona e pede a atualização dos cálculos para a elaboração do projeto que aumenta de 11% para 13,5% a contribuição dos servidores.  Os pedetistas não descartam a apresentação de um substitutivo ao projeto.
Mesmo diante do otimismo do líder do governo e do Chefe da Casa Civil, lideranças do PDT fazem questão de afirmar que o partido não ficará apenas nas ameaças. “O PDT não está blefando. Se o governo não acreditar, poderá ter uma surpresa”, disse um dirigente pedetista.
Como a votação dos projetos mais importantes está prevista para o próximo dia 12 de junho, até lá o governo terá que se preparar para combater, e se defender, principalmente, do fogo amigo.

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