Fogo amigo
Decididamente
os projetos encaminhados pelo governo estadual para votação na Assembleia
Legislativa, estão complicando as relações entre os componentes da base aliada.
Inicialmente,
o PDT se rebelou contra a criação da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e ameaça
votar contra se o projeto não for modificado. Os pedetistas, inclusive,
prepararam um substitutivo e querem que o governo admita mudanças no projeto
original. Querem, principalmente, que os pedágios sejam transformados em
“comunitários” e que a arrecadação de cada um, seja aplicada em melhorias nas
estradas sob sua jurisdição.
Agora,
é a vez do secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, abrir
fogo contra a proposta que, no entender dele, está incompleta. O secretário
disse que o projeto não foi ele quem fez e criticou a forma como foi
construído. Mesmo sendo a favor da criação da EGR, Albuquerque entende que se o
objetivo do governo é deixar o DAER focado na construção e conservação das
estradas, deveria caber à EGR, além da gestão dos pedágios, também as estações
rodoviárias.
Outra
pedra no sapato do governo é a questão do reajuste linear da previdência.
Novamente a bancada do PDT se posiciona e pede a atualização dos cálculos para
a elaboração do projeto que aumenta de 11% para 13,5% a contribuição dos
servidores. Os pedetistas não descartam
a apresentação de um substitutivo ao projeto.
Mesmo
diante do otimismo do líder do governo e do Chefe da Casa Civil, lideranças do
PDT fazem questão de afirmar que o partido não ficará apenas nas ameaças. “O
PDT não está blefando. Se o governo não acreditar, poderá ter uma surpresa”,
disse um dirigente pedetista.
Como
a votação dos projetos mais importantes está prevista para o próximo dia 12 de
junho, até lá o governo terá que se preparar para combater, e se defender, principalmente,
do fogo amigo.
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