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Mico de quem, Juremir?

Se tem um cronista/escritor/jornalista, não necessariamente nesta ordem, que eu admiro, é o Juremir Machado. Seus comentários no Correio do Povo leio todos os dias. Tenho vários livros dele. Sempre que nos encontramos trocamos um abraço “de Machados”, como ele diz. Já fui autorizado por ele a publicar suas crônicas no meu blog. O que me orgulha, diga-se de passagem.

Pois hoje, ao ler a crônica do Juremir no Correio (Novo mico da Veja), fiquei pensando que, ou ele escreveu muito cedo ou não ficou sabendo das declarações do ministro Gilmar Mendes. O Juremir só deve ter lido a nota do Lula, caso contrário estaria sabendo que o ministro Mendes confirmou tudo o que a Veja publicou, detalhando, inclusive, a participação do ex-ministro Jobim. Deu entrevista para a Rádio Gaúcha, para a Zero Hora e está no Clic RBS. Também falou para a TV Globo, sempre confirmando o que Veja publicou. Não mudou nada, ou seja, não desmentiu nada do que está na revista.

Já o Lula, diz que a versão da Veja “é inverídica” e distribuiu uma nota redigida por sua Assessoria de Imprensa. Não deu entrevistas.

Parece que, neste caso, a questão se assemelha muito com o mensalão. Os companheiros de Lula, flagrados angariando dinheiro, denunciados pelo Procurador Geral da República como quadrilheiros, seguem negando tudo e afirmando que o mensalão é uma obra de ficção. Agora é a vez do líder do partido, Luiz Inácio, afirmar que o que teria acontecido, segundo a Veja e confirmado por Gilmar Mendes, não teria acontecido.

A conclusão é que, no caso presente, alguém deve estar faltando com a verdade. Neste caso, por envolver personalidades públicas e, digamos assim, respeitáveis, alguém tem que ser punido, comprovada a mentira. Veja, Mendes e Lula, qualquer um deles, não tem o direito de mentir descaradamente para a o Brasil, já que ninguém é dono da verdade, por mais que tente ser. Alguém está pagando mico. Só resta saber: mico de quem, Juremir?