quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Consumidor em Pauta 20. 02. 2020 - Direito de Família e Sucessões - Dra. Solange Guinteiro



O que fazer após confirmação do primeiro 
caso de coronavirus no Brasil

O primeiro caso do novo coronavírus no Brasil foi oficialmente confirmado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (26). Um homem de 61 anos de São Paulo teve o diagnóstico da doença confirmado por contraprova realizada no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou o que está sendo feito para evitar que o coronavírus se espalhe pelo país.

Na terça-feira (25), o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, informou as autoridades sanitárias sobre o primeiro teste positivo do coronavírus. O homem esteve a trabalho na Itália, na região da Lombardia, no período de 9 a 21 de fevereiro.

Mandetta afirmou que as autoridades de saúde já começaram a prática de cuidado intensivo para pessoas que tiveram contato prolongado e íntimo com o paciente, e também para os seus contatos eventuais.

O paciente chegou ao Brasil na sexta-feira (21) sem nenhum de sintoma da doença – como febre, tosse ou gripe – e permaneceu assim no sábado (22). No domingo (23), fez uma reunião familiar de retorno da viagem com 30 pessoas, e começou a ter os sintomas. Na segunda-feira (24), foi ao posto de saúde e, por causa da viagem à Itália, seu caso foi tratado como suspeita de coronavírus.

Os passageiros que se sentaram próximos do paciente no avião em que ele viajou estão sendo contatados pela Anvisa através da Polícia Federal, para receberem orientação sobre como devem agir. Eles não serão colocados em quarentena. O paciente não usou transporte público.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Garbardo dos Reis, minimizou o fato de que o paciente realizou uma festa familiar com 30 pessoas Segundo ele, geralmente é necessário “um contato mais íntimo para que haja a possibilidade” de transmissão. “Não vamos ficar imaginando que se uma pessoa teve contato com 60 pessoas, 80 pessoas, nós vamos ter 60, 80 novos portadores do vírus. A média é muito menor”, diz.

As pessoas que tiveram contato mais direto com o paciente serão monitoradas por mais 14 dias depois do período de monitoramento do paciente, que também dura 14 dias.

“Nós sempre trabalhamos com São Paulo como sendo nossa porta de entrada, pelo tamanho, pelo porte da economia e pelo porte do trânsito de pessoas”, disse o ministro.

Como o ministério planeja agir para conter o coronavírus no Brasil
Wanderson de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde, afirma que o planejamento do Ministério da Saúde para o combate ao coronavírus no Brasil será semelhante ao feito durante a pandemia do vírus influenza em 2009.

“Temos duas fases: a fase inicial, em que nós estamos agora, que é a fase de contenção, onde nós buscamos evitar que o vírus se espalhe. Caso ele se espalhe, nós temos a fase de mitigação, que é evitar casos graves e óbitos”, disse Oliveira.

Mandetta destacou que que o comportamento do novo coronavírus ainda é pouco conhecido no Hemisfério Sul. “Vamos ver como esse vírus vai se comportar numa situação de um país tropical, em pleno verão. É um vírus novo. Ele pode manter o mesmo padrão de comportamento de transmissão que ele tem no hemisfério norte, onde tem o frio, tem a temperatura como um fator. Agora, no hemisfério sul, a gente começa a perceber qual vai ser o comportamento do vírus.”

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que a maior preocupação deverá ser com casos de pessoas vindas da Europa. [“Temos uma comunidade chinesa baixa e um trânsito baixo da China com o Brasil. Já com a Itália e com os países europeus, nós temos uma comunicação e comunidades muito extensas, e a gente percebe que o trânsito de pessoas deve se intensificar.”

O ministro também afirmou que um aplicativo sobre o coronavírus voltado a pessoas que estão chegando ao Brasil está sendo desenvolvido pelo Ministério da Saúde e estará disponível nos próximos dias.

População não deve recorrer a vacinas contra a gripe
Apesar de não haver uma vacina para o coronavírus, a vacinação contra outros vírus ajuda a avaliar melhor a probabilidade de que uma gripe tenha sido causada pelo coronavírus. Mas a vacinação contra gripe não deve ser buscada neste momento. Garbardo explica que as vacinas disponíveis em postos de saúde atualmente ainda são para vírus do ano passado, e não têm efetividade contra os vírus que se disseminarão neste ano.

As novas vacinas devem começar a chegar aos postos de saúde na segunda quinzena de março. O Ministério da Saúde recomenda que os cidadãos tomem as vacinas novas, quando estiverem disponíveis.

Números
No Brasil, além de 1 caso confirmado, há 20 casos de suspeita de coronavírus e 59 casos de suspeita descartada. Entre os suspeitos, 55% são do sexo feminino e 45% do sexo masculino. A média de idade dos suspeitos é de 42,5 anos.

Doze dos suspeitos viajaram para a Itália, dois para a Alemanha, dois para a Tailândia, um para a China e um para a França. Também há um contato do caso confirmado que está sendo considerado suspeito. Além disso, um caso suspeito é contato de outro suspeito. Há 16 casos suspeitos na região sudeste, dois na região nordeste e 2 na região sul.

No mundo, já são 80.239 casos confirmados de gripe por coronavírus, dos quais 2.700 levaram à morte. A China tem a maior parte dos casos, com 2.459 mortes e 77.780 casos.

Fonte: Gazeta do Povo



Contraprova confirma primeiro caso de 
coronavírus no Brasil, dizem jornais
Contraprova realizada no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, confirmou o primeiro caso de coronavírus no Brasil, apuraram os jornais "Folha de S.Paulo" e "O Estado de S. Paulo". A informação ainda não foi confirmada pelo governo. O paciente foi atendido na segunda-feira (24) no Hospital Israelita Albert Einstein, e o resultado positivo do primeiro teste foi divulgado na terça (25) pelo Ministério da Saúde.
O homem, de 61 anos, esteve a trabalho na Itália – que teve uma explosão de casos nos últimos dias – entre os dias 9 e 21 de fevereiro. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o secretário da Saúde de São Paulo, José Henrique Germann Ferreira, devem conceder entrevista juntos às 11h desta quarta (26) em Brasília.

Anvisa busca passageiros que voaram 
com brasileiro contaminado
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer ter acesso à lista de passageiros e tripulantes do voo que trouxe da Itália o brasileiro que teve resultado positivo para o coronavírus. Os nomes serão repassados ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs). Jornais afirmam que a contraprova confirma o primeiro caso de coronavírus no Brasil. Nesta quarta, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o secretário da Saúde de São Paulo, José Henrique Germann Ferreira, devem conceder entrevista em Brasília.

Há mais novos casos fora 
da China do que no país
Pela primeira vez, o número de novos casos diários de coronavírus relatados de infecção pelo Covid-19 fora da China, 427, por 37 diferentes nações, excedeu o de notificações do país que é o epicentro da doença –foram 411 chineses que adquiriram a infecção, disse a Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta quarta-feira (26).
O número de infecções chegou a 80.988 e não há tratamento efetivo para a doença até agora, mas não há necessidade de pânico por causa da epidemia de coronavírus, disse, nesta quarta-feira (26), Hans Kluge, diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Não há necessidade de pânico”, ele disse em uma coletiva de imprensa em Roma. A taxa de mortalidade é de cerca de 2%, afirmou Kluge. Na China, onde estão 96,5% dos casos no mundo, agora ela é ainda menor, de 1%, salientou.
“Lembrem-se que quatro de cada cinco pacientes têm sintomas leves e se recuperam”, afirmou.

Oposição convoca reunião após suposta convocação 
de Bolsonaro para ato contra o Congresso
O líder da oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), propôs uma reunião de emergência com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e líderes de outros partidos para decidir o que fazer diante da notícia de que o presidente Jair Bolsonaro teria, supostamente, enviado uma mensagem de WhatsApp para convocar aliados para ato contra o Congresso, marcado para o dia 15 de março.
"Temos que parar Bolsonaro! Basta! As forças democráticas deste País têm que se unir agora. Já! É inadiável uma reunião de forças contra esse poder autoritário. Ou defendemos a democracia agora ou não teremos mais nada para defender em breve", disse Molon.
"Ao não encontrar soluções para o País, ao se sentir sozinho, isolado e frágil, Bolsonaro apela ao que todos temíamos: a um ato autoritário contra a própria democracia. Não dá mais. Esses absurdos, exageros e atropelos têm que parar agora".

Damares abandona reunião da ONU em protesto contra a Venezuela
A Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, abandonou uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU nessa terça-feira, 25, em um ato de protesto contra o regime da Venezuela. A 'retirada' aconteceu durante o discurso da delegação venezuelana em Genebra, na Suíça.
No dia do protesto, a delegação brasileira entrou na reunião momentos antes do discurso do venezuelano Jorge Arreaza. Logo após o início do discurso do representante de Nicolás Maduro, a ministra e a equipe que a acompanhava se retiraram do recinto.
Na segunda-feira, 24, a ministra já havia criticado "as persistentes e sérias violações de direitos humanos cometidas na Venezuela" durante o seu discurso oficial.