terça-feira, 13 de outubro de 2020

 



Fernández enfrenta mais protestos massivos na Argentina.

Argentinos protestam contra o governo

Milhares de pessoas protestaram contra o governo de Alberto Fernández na Argentina neste feriado de 12 de outubro, quando se comemora no país o Dia do Respeito à Diversidade Cultural. Não só em Buenos Aires, mas também em outras cidades importantes, como Córdoba, Bariloche, Rosário e Mendoza, argentinos saíram às ruas, a pé ou em carros, carregando bandeiras do país, exigindo que o presidente dê atenção aos temas que mais os afligem – a pandemia de Covid-19 e a crise econômica – em vez de colaborar com o avanço do kirchnerismo sobre a Justiça. 

Outros protestos contra Fernández e sua vice, Cristina Kirchner, já tinham ocorrido em julho, agosto e setembro, mas a posição do governo agora é ainda pior por causa dos aumentos de casos de Covid-19, do agravamento da crise econômica, e dos recentes avanços de Kirchner sobre a justiça. 

Popularidade de Fernandes em queda

A popularidade do presidente já estava em queda por causa da "quarentena eterna" na capital, mas pela primeira vez, depois de 200 dias de confinamento, os argentinos passaram a ter uma percepção mais negativa do que positiva sobre como a Casa Rosada conduziu a resposta à pandemia, segundo mostrou uma pesquisa da consultoria Poliarquía no fim de semana.   

Isso se explica pela explosão de novos casos de Covid-19 no país, especialmente no interior, com mais de 900 mil registrados até esta terça-feira. Estima-se que, ainda nesta semana, a Argentina deve ultrapassar a Colômbia em número de casos de coronavírus, entrando para a lista dos cinco países mais atingidos pela pandemia – atrás apenas da Rússia, Brasil, Índia e Estados Unidos. Um balde de água fria para um governo que foi elogiado por ter decretado quarentena nacional logo após os primeiros casos da doença em seu território e que agora é criticado por ter se precipitado e falhado em promover outras frentes de combate à pandemia além do confinamento.

Protesto nas ruas das grandes cidades da Argentina

O impacto econômico do fechamento da economia se refletiu no aumento da pobreza. O Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec) informou que a taxa de pobreza no país chegou a 40,9% da população no primeiro semestre de 2020, com taxa de indigência de 10,5%. A título de comparação, no fim de 2019 os índices eram de 35,5% e 8%, respectivamente. Trata-se de um dos piores registros da história do país.


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