Fernández enfrenta mais
protestos massivos na Argentina.
Milhares de pessoas protestaram contra o governo de Alberto Fernández na Argentina neste feriado de 12 de outubro, quando se comemora no país o Dia do Respeito à Diversidade Cultural. Não só em Buenos Aires, mas também em outras cidades importantes, como Córdoba, Bariloche, Rosário e Mendoza, argentinos saíram às ruas, a pé ou em carros, carregando bandeiras do país, exigindo que o presidente dê atenção aos temas que mais os afligem – a pandemia de Covid-19 e a crise econômica – em vez de colaborar com o avanço do kirchnerismo sobre a Justiça.
Outros protestos contra Fernández e sua vice, Cristina Kirchner, já tinham ocorrido em julho, agosto e setembro, mas a posição do governo agora é ainda pior por causa dos aumentos de casos de Covid-19, do agravamento da crise econômica, e dos recentes avanços de Kirchner sobre a justiça.
A popularidade do
presidente já estava em queda por causa da "quarentena eterna" na
capital, mas pela primeira vez, depois de 200 dias de confinamento, os
argentinos passaram a ter uma percepção mais negativa do que positiva sobre
como a Casa Rosada conduziu a resposta à pandemia, segundo mostrou uma pesquisa
da consultoria Poliarquía no fim de semana.
Isso se explica pela explosão de novos casos de Covid-19 no país, especialmente no interior, com mais de 900 mil registrados até esta terça-feira. Estima-se que, ainda nesta semana, a Argentina deve ultrapassar a Colômbia em número de casos de coronavírus, entrando para a lista dos cinco países mais atingidos pela pandemia – atrás apenas da Rússia, Brasil, Índia e Estados Unidos. Um balde de água fria para um governo que foi elogiado por ter decretado quarentena nacional logo após os primeiros casos da doença em seu território e que agora é criticado por ter se precipitado e falhado em promover outras frentes de combate à pandemia além do confinamento.
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