Gabinete do ódio está a
todo
vapor – e não é no Planalto
Por Alexandre Garcia
O Ministério da Saúde
liberou quase R$ 14 bilhões para os municípios usarem no combate ao
coronavírus. Eu acompanhei uma reunião entre o ministro Eduardo Pazuello e
prefeitos. Quando cheguei na reunião quem falava era a prefeita Tânia Terezinha
da Silva, de Dois Irmãos (RS). Ela pedia recursos em caráter imediato para o
seu município.
Depois houve elogios dos
prefeitos Firmino Filho, de Teresina (PI); Marquinhos Trad, de Campo Grande
(MS); Edvaldo Nogueira, de Aracaju (SE); e de Jonas Donizete, de Campinas (SP),
direcionados ao ministro Pazuello.
Prefeitos de diferentes
partidos aprovaram os critérios técnicos dele. Onde é preciso ajudar a
população o dinheiro aparece, não interessa o partido do prefeito. Agora eles
podem aplicar essa verba onde é necessário.
Coquetel salvador
Nesta quarta-feira (8), o
presidente Jair Bolsonaro tomou a quarta dose de hidroxicloroquina. Ele começou
a tomar o medicamento logo que teve os primeiros sintomas da doença.
O presidente me confirmou
que também está tomando a azitromicina, com recomendação do médico que o está
assistindo. Eu perguntei se ele tinha tomado a ivermectina, como eu, para se
prevenir, Bolsonaro disse que não.
Ele não se preveniu, e
acabou infectado com o vírus já que viaja bastante e sempre está em locais com
muita aglomeração de pessoas. Mas o presidente disse que está muito bem, sem
febre e sem dores.
É mais ou menos esse o
quadro que relatam os médicos, com os quais eu conversei, quando a
hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina são aplicados logo no início da
doença em pessoas saudáveis.
Por que tanto ódio?
O gabinete do ódio estava
a toda velocidade na imprensa escrita e na internet, tem gente desejando a
morte do presidente. O ódio expressado por essas pessoas é tamanho que chega a
ser ridículo e risível.
Quando uma informação é
risível, ela perde a credibilidade. É bom a gente lembrar aos jornalistas que
sem credibilidade a profissão deixa de existir. O Fernão Lara Rezende fez um
artigo com o título “Notícia de falecimento”, na segunda-feira (6).
O texto trata sobre a
morte do jornalismo. Ele cita Joseph Pulitzer “primeiro morre a imprensa,
depois a democracia”. A profissão pode morrer por causa de discurso de ódio.
Precisamos ficar atentos nisso.
O interessante é que os
ditos discursos de ódio nas redes sociais só saem do ar quando é atribuído a um
lado, quando se atribui ao outro lado não. Se as pessoas que pediram a morte do
presidente, tivessem pedido a morte do ministro Alexandre de Moraes estavam
presas.
As pessoas sensatas
entendem que a democracia está no equilíbrio, no contraponto de ideias, na
discussão de ideia e no respeito. Todo mundo sabe que o básico é o respeito à
vida humana.
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