Deixem o presidente
trabalhar em paz
Por Alexandre Garcia
O ex-ministro Geddel
Vieira Lima pediu para sair da prisão. Ele viu Lula fora, Luis Estevão fora, e
também quis sair alegando coronavírus. Geddel alegou que era perigoso continuar
na prisão em tempos de epidemia. Mas o ministro Edson Fachin, do STF, não
aceitou o pedido de prisão domiciliar, alegando que Geddel está isolado na
cela. Sendo assim, está protegido, precisando só de banho de sol para tomar
vitamina D.
Geddel foi condenado
novamente pela Justiça Federal de Brasília por fazer pressão sobre o Iphan para
conseguir a licença para construir um prédio de luxo em Salvador, enquanto era
ministro do governo Temer.
Agora que é condenado,
Geddel vai ter que pagar uma multa correspondente a dez vezes o salário dele
como ministro. O valor fica em torno de R$ 250 mil, mas o que é isso para quem
tinha R$ 51 milhões guardado em um bunker?
Além disso, ele fica
inelegível por 10 anos. É incrível pensar que alguém ainda possa votar numa
pessoa condenada por desvio de dinheiro e corrupção.
Coordenação
existe
Hoje é o primeiro dia do
mês. O último balanço de casos de coronavírus falava em 201 mortos. Já a gripe
comum matou 1.109 brasileiros no ano passado. Vamos torcer para que o novo
vírus não chegue a isso.
Temos que tomar cuidados.
Exemplos de precauções são: as campanhas de vacinação, manter pessoas dentro do
grupo de risco em casa e continuar com a atividade econômica de alguma forma.
Tem milhões de brasileiros
que trabalham hoje para comer amanhã, que não tem reserva de emergência. Tem
gente cujo salário caiu durante a quarentena. Tem amigos meus, pilotos de avião,
que estão recebendo 25% do que recebiam antes.
O governo vai contribuir
para minimizar as perdas econômicas. O trabalho está bem coordenado. A gente vê
claramente que o ministro Luiz Mandetta está comandando as medidas da área da
saúde e o ministro Paulo Guedes, na área econômica. Os dois do mesmo lado.
São duas crises, econômica
e sanitária. No meio disso tudo estão o ministro da Infraestrutura, Tarcísio
Freitas, na logística, e o ministro do Gabinete Civil, Braga Netto, e acima de
tudo está o presidente.
Bolsonaro está se
entendendo muito bem com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia; do Senado, Davi
Alcolumbre; e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.
Todo mundo depende de todo
mundo. O STF precisa entender bem da Constituição porque senão o presidente
pode sofrer um impeachment. O Congresso precisa autorizar algumas medidas para
o orçamento.
Assim o governo pode agir
nessa emergência ajudando as pessoas que estão ficando desempregadas, os
milhões de autônomos. O trabalho dos autônomos é absolutamente necessário e
essencial. Os agricultores também são muito necessários. Eles produzem
alimentos. A comida não chega a nossa mesa em um passe de mágica. Há um estudo
muito grande para ajudar quem precisa.
Carimbaram o coronavírus
como uma ideologia destinada a enfraquecer o governo e a levar o país ao caos
para ter alguma vantagem na próxima eleição. O nome disso não é sensatez, nem
razoabilidade e muito menos patriotismo. É oportunismo num momento de
dificuldade do país.
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