sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020


União e Rio de Janeiro recebem R$ 668 milhões 
apreendidos na Lava Jato
O juiz Marcelo Bretas, responsável pela operação Lava Jato no Rio de Janeiro, liberou R$ 668,5 milhões pagos por delatores para o governo do estado e a União. Pela decisão de Bretas, o governo do Rio ficará com R$ 208 milhões e a União com R$ 459 milhões. A parcela a ser recebida desta vez pelo governo federal é maior porque o estado do Rio já havia recebido, entre outras restituições, R$ 250 milhões para pagar o décimo terceiro salário dos servidores públicos estaduais, em 2017, e R$ 15 milhões para a recuperação de escolas no Rio.

Brasil deve retirar de Wuhan
 pessoas de outros países
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que o Brasil poderá retirar pessoas de outros países de Wuhan, na China, epicentro do surto do novo coronavírus. "Se tivermos apenas em torno de 40 brasileiros para trazer para cá, como sobrariam em torno de 10 vagas, eu já autorizei a trazer nacionais de outros países. Se for da América do Sul, pousa aqui", disse o presidente. Bolsonaro também sugeriu que a equipe brasileira pode retirar poloneses de Wuhan. A Polônia será uma das paradas das duas aeronaves da frota presidencial que o Brasil enviou para a China. O aval para retorno de pessoas de outras nações no avião brasileiro pegou de surpresa autoridades da cúpula do Ministério da Saúde. A orientação do Ministério da Defesa era de que não seria possível retirar além de brasileiros de Wuhan, segundo fontes do governo.

Cabral denuncia aliados,
 procuradores e religiosos
Nesta quinta-feira, 6, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) homologou a delação premiada do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), firmado com a Polícia Federal (PF) em novembro de 2019. No acordo, o ex-governador se compromete a devolver aos cofres públicos R$ 380 milhões recebidos em propina. A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia se manifestado contra a validação do acordo, que envolve autoridades com foro privilegiado. O MPF do Rio também tem se mostrado contrário a um acordo de colaboração premiada com Cabral.
O ex-governador tem contado à Justiça detalhes dos esquemas de propinas que rondaram seu governo e citou nomes como o do seu sucessor no governo do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), negociações de caixa dois para campanhas do ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) e envolvimento de autoridades do judiciário e do Ministério Público carioca em tratativas indevidas. O ex-governador revelou recebimento de propina de empresários, empreiteiras e empresas que prestavam serviços ao governo em variadas áreas. Cabral também afirmou que houve compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
No caso dos contratos da Saúde, ele disse que ficava com 3%, e o ex-secretário da Pasta, Sérgio Côrtes, com 2%.
Cabral disse que o esquema na Saúde também envolvia religiosos. Ele citou os contratos do Estado com a Organização Social Pró-Saúde, administrada por padres da Igreja Católica e pelo cardeal D. Orani João Tempesta, arcebispo da Arquidiocese do Rio.

Bolsonaro: "EUA também têm traíras que rondam o presidente"
O presidente Jair Bolsonaro interrompeu os trabalhos no Palácio do Planalto por mais de 1h nesta quinta-feira, 6, para assistir e comentar um discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "Quando atrapalha os EUA atrapalha aqui também. Ninguém fique aqui pensando que eu estou bajulando o Trump", disse Bolsonaro, que fez uma transmissão na internet enquanto acompanhava o discurso.
Bolsonaro afirmou que, assim como nos EUA, há "traíras" que rondam o presidente no Brasil. "Lá também pintou um traíra", disse, referindo-se ao senador republicano Mitt Romney, que votou pela saída de Trump do cargo de presidente. "Nunca mais será esquecido, assim como os traíras daqui que se elegeram e deram as costas para mim e se bandearam para o outro lado", afirmou Bolsonaro.

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