Bolsonaro agora tem três
mosqueteiros.
E todos vestem verde oliva
Troca de ministério nesta
quarta-feira (12). Onyx Lorenzoni, que estava perdendo poderes na Casa Civil,
vai para o Ministério da Cidadania onde estava Osmar Terra.
Terra é um médico
especialista em drogas, teve alguns desencontros com a Anvisa sobre a legalização
da maconha medicinal, e outros desencontros com os ministros da Saúde e da
Economia.
O ex-ministro é do MDB.
Ele fazia uma excelente campanha antidrogas. Não sei se ele vai fazer agora
campanha política no Rio Grande do Sul nesta eleição municipal ou se vai ocupar
outro cargo público para representar o Brasil.
No lugar de Onyx vai o
general quatro estrelas Braga Netto, ex-interventor federal no Rio de Janeiro,
que trabalhou para conter a bandidagem no estado.
O general é um velho amigo
do presidente Jair Bolsonaro, um homem da inteira confiança dele. Agora
Bolsonaro está cercado de três amigos: generais Heleno, Ramos e Braga Netto, os
três mosqueteiros trabalhando com o D'Artagnan.
Fundação
Palmares
Uma mudança ordenada pelo
Superior Tribunal de Justiça deixa uma lição. Juiz de primeira instância não
pode entrar na competência do poder Executivo, como ocorreu na destituição do
presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo.
O afastamento se deu
porque Camargo disse que Zumbi dos Palmares tinha escravos e não era um herói
de verdade. E que o racismo no Brasil não existe da forma que é colocada pelos
militantes porque os militantes são de esquerda.
A Advocacia-Geral da União
entrou com um recurso e o STJ disse que o juiz não tinha que se meter e que a
decisão dele foi uma censura no mérito de uma questão que não era da alçada
dele.
Por isso, Camargo volta
para a presidência da Fundação Palmares. Ele vai ficar no cargo até que Regina
Duarte assuma a Secretaria Especial de Cultura e decida quem vai ser o
presidente na gestão dela.
Moro não leva
desaforo
Convidaram o ministro
Sergio Moro para participar de uma comissão na Câmara e falar sobre segurança,
mas de novo teve um fiasco. Um deputado do Psol chamou Moro de "capanga de
miliciano e da família Bolsonaro".
Moro respondeu alegando
que o deputado não tem fatos e nem argumentos e sim ofensas. E acrescentou “o
senhor é um desqualificado para o exercício desse cargo. Quem protegeu a
milícia foi o seu partido”.
O ministro foi censurado
pelo presidente da mesa e pediu desculpas. Mas a gente nota que cada vez que
tem esses enfrentamentos, Moro sai mais temperado e com mais experiências para
situações como essas.
Condenado
pode viajar?
O ex-presidente Lula vai
ao Vaticano nesta quinta-feira (13) e será recebido pelo papa Francisco. Ele
está sendo acompanhado por três assessores pagos por nós, o que ele tem direito
por lei como ex-presidente.
Eu não entendo como ele
está indo viajar para o exterior sendo que ele foi condenado duas vezes em
segunda instância e sendo réu mais seis vezes por corrupção.
Ao mesmo tempo eu fico
pensando: tem sujeito que nunca foi condenado em Operação da Lava Jato e o juiz
manda tirar o passaporte dele de cara. Ele não pode ir ao exterior, mas o
ex-presidente pode.
Na Constituição está
escrito, no artigo 5º, que todos são iguais perante a lei sem distinção de
qualquer natureza. Está escrito, mas não é praticado pelos agentes do poder
Judiciário encarregados de cumprir a lei.
Alexandre Garcia
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