quarta-feira, 9 de outubro de 2019



Ex-deputado petista tem segunda pena
confirmada pela Lava Jato e pode voltar à prisão

Ex-deputado federal pelo PT, André Luiz Vargas Ilário foi condenado pela segunda vez no âmbito da Lava Jato. Em decisão unânime, a  8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) manteve, nesta quarta-feira (9), a pena de seis anos de prisão por lavagem de dinheiro determinada pelo então juiz federal Sergio Moro. Também foram mantidas as condenações do irmão do réu, Leon Denis Vargas Ilário, do empresário Marcelo Simões e da contadora Meire Bonfim da Silva Poza.
André Vargas já havia sido preso pela Lava Jato em outra oportunidade, mas foi solto em outubro de 2018. Segundo a nova decisão, agora em segunda instância, o petista usou de influência política junto a funcionários ainda não identificados da Caixa Econômica Federal para que a empresa IT7 Sistemas, pertencente a Marcelo Simões, fosse contratada pelo banco para fornecimento de software e prestação de serviços de informática pelo valor de R$ 71,3 milhões. Em contrapartida, a IT7 repassou R$ 2,4 milhões a André. Segundo o TRF4, a origem do dinheiro foi ocultada por meio de notas fiscais de serviços não prestados por empresas controladas pela contadora Meire Bonfim.

Consumidor em Pauta - 08.10.2019 - Direito do Trabalho - Dr. Paulo Dias e Dr. Eduardo Batista Vargas



Força-tarefa prende um dos
maiores fraudadores da Previdência

Uma operação em cidades da Bahia e do Sergipe identificou, nesta quarta-feira (9), um dos maiores fraudadores da história da Previdência. O homem, que não teve o nome revelado e atua desde os anos 80, comandava um grupo que fraudou pelo menos 140 benefícios (entre auxílio-doença e aposentadorias por invalidez) recentemente. O prejuízo supera os R$ 7 milhões, segundo o Ministério da Economia. O esquema foi identificado pelas investigações em 2016 e a Justiça Federal determinou a prisão preventiva de três pessoas.



Índice oficial de preços tem 
deflação de 0,04% em setembro


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o oficial do país, registrou deflação (queda de preços) de 0,04% em setembro deste ano. A taxa é menor que as inflações de 0,11% de agosto último e de 0,48% de setembro do ano passado.

Segundo dados divulgados hoje (9), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial do país acumula 2,49% no ano e de 2,89% em 12 meses.

A deflação de setembro foi influenciada principalmente pela queda de preços de 0,43% dos alimentos e bebidas. Os alimentos para serem consumidos em casa passaram a custar, em média, 0,70% menos no mês.

As principais quedas foram registradas pelo tomate (-16,17%), que foi o item individual que mais impactou o IPCA; a batata-inglesa (-8,42%); a cebola (-9,89%) e as frutas (-1,79%).

Alimentos têm alta
Ainda assim, alguns alimentos tiveram alta, como o leite longa vida (1,58%) e as carnes (0,25%).

Outros grupos de despesas com deflação foram a comunicação (-0,01%) e artigos de residência (-0,76%). Estes últimos foram puxados pelo recuo de preços dos eletrodomésticos e equipamentos (-2,26%) e dos itens de TV, som e informática (-0,90%).

Os gastos com saúde e cuidados pessoais tiveram a maior alta de preços em setembro: 0,58%. Nesse grupo, o aumento foi influenciado pelas inflações de 1,65% dos artigos de higiene pessoal, e de 0,57% dos planos de saúde.

Os transportes mantiveram seus preços no mês. Os demais grupos tiveram as seguintes taxas de inflação: habitação (0,02%), vestuário (0,27%), despesas pessoais (0,04%) e educação (0,04%).

Fonte: Agência Brasil



Com “assinatura” da Venezuela, manchas
de óleo são fato inédito para a Marinha

De acordo com a Marinha, os danos causados pelas manchas de óleo que atingiram praias do Nordeste são inéditos. Investigações sigilosas da Marinha e da Petrobras encontraram petróleo com a mesma "assinatura" do óleo da Venezuela em manchas que se espalharam até agora por pelo menos 138 pontos do litoral dos nove estados do Nordeste. Segundo uma fonte da alta cúpula do governo, ouvida pelo jornal O Estado de S. Paulo, trata-se do mesmo tipo de óleo extraído da Venezuela. A conclusão já foi informada ao Ibama, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente. Por meio de nota, a Petrobras afirmou que foram coletadas 23 amostras e que "atestou, por meio da observação de moléculas específicas, que a família de compostos orgânicos do material encontrada não é compatível com a dos óleos produzidos e comercializados pela companhia". A Marinha disse ter empenhado 1.583 militares, 5 navios e 1 aeronave nessas operações de análise e monitoramento.



O que leva um fundo de pensão a aplicar
em títulos podres da Argentina?

O Ministério Público está denunciando 26 dirigentes de fundos de pensão. Fazem parte do Postalis dos Correios, da Funcef da Caixa Econômica e do Petros da Petrobras. O Postalis, por exemplo, por injunções partidárias. Dominado por partidos políticos, foi obrigado a aplicar dinheiro em papéis podres da ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

O MP também pede o bloqueio dos bens do Postalis no valor de R$ 3,1 bilhões, sendo que a suspeita é de desvios de R$ 1 bilhão. O que não é pouco. Essa gente tomou conta de estatais. Esses partidos durante décadas dominaram; foi um tempo de quase partido único e ideias únicas.

A Petrobras, por exemplo, conseguiu em um acordo na Justiça do Trabalho, só agora, parar de pagar o que ela vinha desembolsando há 20 anos para 74 integrantes de sindicatos. Dirigentes sindicais que ganhavam juntos, por mês, R$ 1,3 milhão - por ano dava R$ 20 milhões.

Esses 74 funcionários eram pagos pela Petrobras sem que eles trabalhassem para a empresa. Eles estavam inteiramente dedicados aos sindicatos dos petroleiros. Era assim que as coisas funcionavam em tempos que partidos políticos mandavam em estatais.

Outra questão deixa isso muito claro
O deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) foi considerado réu pelo Supremo Tribunal Federal na terça-feira (8). Ele é réu na Lava jato por ter recebido R$ 106 mil de propina, como líder do partido, para manter na presidência na Companhia Brasileira de Transportes Urbanos o presidente de então. Ou seja, o presidente pagou R$ 106 mil para continuar sendo presidente. Provavelmente, ele estava ganhando um milhão por mês com alguma coisa. Como é bom partido mandar em estatal...

Isso é bom para o partido e péssimo para o país. Mas hoje não tem mais isso. Hoje o partido não manda mais em Ministério e nem em estatal. Quem manda em Ministério e estatal é aquele que 58 milhões de eleitores mandaram chefiar o poder Executivo.

PEC da aposentadoria do Supremo
Já são 175 assinaturas além das necessárias, portanto, vai começar a tramitar a Proposta de Emenda a Constituição para voltar aos 70 anos o limite para a aposentadoria compulsória de Ministros do Supremo, de outros tribunais, desembargadores e afins.

No início do segundo governo Dilma, conseguiu-se fazer a PEC da Bengala para que o PT não tivesse indicado dez dos 11 ministros do STF. Assim se aumentou a idade e ficaram Marco Aurélio e Celso de Mello.

Baixando a idade para 70 anos já devem cair fora Marco Aurélio, Celso de Mello, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski. Dessa maneira, abrem quatro vagas para que o atual presidente indique ministros ao STF.

Os 175 que assinaram têm a intenção de que o Supremo volte a ter valores de família e de religião. Não essas invenções que muitas vezes pautaram as decisões dos ministros do Supremo, mexendo na cultura brasileira.

Para finalizar
O presidente Jair Bolsonaro ainda não viu e, portanto, ainda não aprovou. Mas está sendo preparada uma nova reforma administrativa. Ela virá depois de aprovada a reforma da Previdência - que só falta o segundo turno no Senado.

Ela vai tratar de questões de estabilidade, promoções, carreiras, cargos, licenças, gratificações e salários superiores aos correspondentes na iniciativa privada. Tudo isso para tornar o estado mais leve, mais eficiente, com mais justiça social e com menos gastos.

O estado está inchado, gordo e lento está arrecadando impostos para sustentar a si mesmo, e não para prestar excelentes serviços públicos como seria recomendado pelo tamanho dos impostos que arrecada.

Alexandre Garcia



FGTS
A Caixa Econômica Federal libera hoje os saques de até R$ 500 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para correntistas do banco nascidos entre setembro e dezembro. Segundo a Caixa, serão liberados R$ 5 bilhões para cerca de 12 milhões de pessoas. Trata-se do último lote de liberação dos recursos para correntistas da Caixa que receberão o crédito automático em conta.
O dinheiro das contas ativas e inativas será depositado automaticamente para quem tem conta poupança individual da Caixa. Para quem tem conta corrente individual, conjunta ou fácil e conta poupança conjunta, o crédito automático ocorrerá apenas se esses correntistas fizeram a autorização até o dia 4 de outubro. A liberação antecipada vale somente para contas abertas na Caixa até o dia 24 de julho deste ano.

Congresso faz sessão de oito horas sem votar praticamente nenhum assunto
A falta de quórum por parte dos senadores fez com que o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), que presidia a sessão do Congresso desta terça-feira (8), encerrasse por volta de 22h30 o encontro mesmo sem a conclusão da votação sobre o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 18, que abria crédito suplementar em valor superior a R$ 3 bilhões. A proposta já havia sido aprovada pelos deputados.
A indefinição sobre o PLN 18 foi a segunda “não-conclusão” da sessão do Congresso, que se iniciou por volta de 14h30 da terça. A primeira foi a de retirar da pauta a apreciação dos vetos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) à lei sobre o funcionamento dos partidos aprovada recentemente pelo Congresso, que foi apelidada de “minirreforma partidária”.
A única medida efetiva tomada pelos deputados e senadores nesta terça foi a aprovação do PLN 6, que abriu crédito suplementar de R$ 236,56 milhões para o Poder Judiciário e o Ministério Público.

Novo irrita o Centrão, que reage e quer sufocar partidos que vivem sem verba pública
O montante de doações de pessoas físicas recebidas por partidos como o Novo vem causando incômodo em siglas tradicionais, que são mais dependentes de recursos públicos para financiar suas atividades. Líderes dessas legendas, sobretudo dos partidos que compõem o Centrão, ameaçam colocar em votação na Câmara dos Deputados um projeto de lei já apelidado de "anti-Novo". A proposta, ainda em discussão, pode limitar as doações feitas por doadores individuais a até dez salários mínimos por pessoa (R$ 9.998 em valores de hoje). Na prática, a proposta sufocaria siglas que vivem sem verba pública.
Em 2016, os partidos foram proibidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de receber recursos de empresas para financiar suas atividades cotidianas e as campanhas eleitorais. Com a decisão do STF, a maioria dos partidos ficou essencialmente dependente dos recursos públicos do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral – que, em 2018, distribuíram R$ 889 milhões e R$ 1,7 bilhão, respectivamente, para os 35 partidos do país.
Mas o Supremo permitiu que pessoas físicas possam doar individualmente para as legendas. E algumas siglas mais novas e identificadas com a mudança na política vêm conseguindo quantias expressivas por meio de doações individuais.

Brasil e mais seis países rechaçam “toda ação” de Maduro para “desestabilizar” democracias
Após agravamento dos protestos contra as medidas econômicas do governo do Equador, os governos de Brasil, Argentina, Colômbia, Guatemala, El Salvador, Paraguai e Peru rechaçaram tentativas "desestabilizadoras" dos regimes democráticos e manifestaram apoio ao governo do presidente Lenín Moreno. Em comunicado divulgado nesta terça-feira (8), os países também rechaçaram toda ação "destinada a desestabilizar nossas democracias" por parte do regime do ditador venezuelano Nicolás Maduro e daqueles "que buscam estender as diretrizes de seu governo nefasto" aos países democráticos da região.
Em pronunciamento na noite de segunda-feira, Moreno disse que os protestos contra o seu governo são uma tentativa de golpe de estado e acusou Maduro, o ex-presidente do Equador Rafael Correa e outros três políticos equatorianos de orquestrarem a ação.

Óleo venezuelano
Um relatório da Petrobras afirma que as manchas que estão poluindo praias do Brasil são uma mistura de óleos da Venezuela. Ontem, subiu para 138 o número de áreas do litoral nordestino com resíduos.

Congresso fecha “acordão” que define regras para a cessão onerosa do petróleo
Deputados e senadores fecharam um acordo para a divisão de recursos do excedente da cessão onerosa do petróleo explorado no pré-sal. O encaminhamento será por projeto de lei e não mais por proposta de emenda constitucional (PEC). Os recursos virão do megaleilão de petróleo a ser realizado no dia 6 de novembro e tem outorga de R$ 106,561 bilhões. Segundo o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), municípios ficam com 15% dos recursos – divididos por critério de participação – e devem ser utilizados para previdência ou investimento.
Já os estados receberão 15%, sendo que dois terços dos recursos divididos peloFundo de Participação dos Estados (FPE), que favoreceria estados do Norte e Nordeste, segundo Bezerra. O outro terço leva em conta prejuízos decorrentes da Lei Kandir, que isenta produtores de impostos de exportação. “A ideia é votar na Câmara amanhã (9), votar no Senado na terça-feira (15) e o presidente Jair Bolsonaro promulgar no final da próxima semana”, disse Bezerra à Agência Senado.

STF nega a petistas abertura de investigação contra Deltan Dallagnol
Um pedido feito pelo senador Humberto Costa (PT-BA) e outros parlamentares do PT para que o Supremo Tribunal Federal (STF) abrisse investigação contra o procurador-chefe da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, e contra Thaméa Danelon, antiga procuradora chefe da operação em São Paulo, foi negado pela ministra Rosa Weber nesta terça-feira (8). O pedido dos petistas acusava os procuradores de prevaricação e se baseava em mensagens divulgadas pelo site The Intercept. Rosa Weber negou o seguimento e encaminhou o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR). Ela alega que o caso não compete ao Judiciário, mas sim ao Ministério Público Federal.