quarta-feira, 28 de agosto de 2019
Fogo no sul do Amazonas
pode
ter sido causado por fazendeiros
O fogo que se alastra pela
região sul do Amazonas, uma das áreas com mais
focos de incêndio hoje em toda a Amazônia, pode ter sido motivado por
fazendeiros locais, segundo relato dos moradores.
Em Santo Antônio do Matupi, na
altura do quilômetro 200 da Transamazônica,
um incêndio de grandes proporções nesta terça feira, 27, avançava pela floresta.
A área pertence ao
município de Manicoré, que registrava 355
focos de queimadas, o maior número no Estado, segundo os dados mais atualizados
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Ao se aproximar da
queimada por uma pequena estrada de terra, a reportagem conseguiu conversar com
dois donos de sítios. Ambos, inconformados com a queimada, afirmaram que, ao
meio-dia, foram avisados por donos de outras propriedades locais que eles
deviam se preparar, porque iriam tocar fogo em toda a área. E assim fizeram. No
local, por volta das 14 horas, as chamas já tinham queimado todas as áreas
abertas dos sítios e avançavam de forma descontrolada para a floresta.
O produtor rural José
Silva de Souza diz que teve de retirar seus cavalos às pressas.
"O que está
acontecendo aqui é que os caras passaram em casa meio-dia, dizendo que iam
atear fogo. Quando eu cheguei aqui, já estava esse fogaréu todo", disse
Souza . "Consegui retirar meus cavalos. Não pude fazer mais
nada."
Questionado sobre a
autoria do fogo, Souza apontou proprietários de terras vizinhas como
responsáveis.
"Foram eles (fazendeiros vizinhos) que
mandaram avisar que iam tocar fogo. Não tem como dizer que foi outro. Mandaram
ir lá em casa avisar que iam atear, ao meio-dia", afirmou o produtor
rural.
O anúncio do incêndio
pelos produtores locais também foi confirmado à reportagem pelo dono de outro
sítio vizinho, conhecido como Cabral, que preferiu não gravar entrevista. Ele
também disse que foi avisado pelos vizinhos de sua propriedade sobre o fogo,
que àquela altura já havia avançado sobre suas terras e sobre parte da
floresta.
"Não podem fazer isso
aqui, desse jeito. É ilegal", declarou o produtor.
Sobres os motivos de
alguns fazendeiros incendiarem as áreas, Cabral disse que o objetivo desses
proprietários é "limpar" a vegetação para a pastagem.
"A ideia é retirar
toda a vegetação que esteja sobre a mata e, em seu lugar, manter apenas a grama
para o gado", afirmou. A prática é comum e ocorre todos os anos, segundo
ele.
Neste ano, porém, conforme
relatos colhidos com diversos moradores da região, houve um aumento
descontrolado dessa prática motivada pela percepção de que a fiscalização
estaria mais branda.
As versões sobre a autoria
dos incêndios na Amazônia passam por explicações que vão desde a suposta queda
de raios na mata, até o aquecimento de pedras pelo sol. Para profissionais de
combate a incêndio, porém, a maioria das queimadas teve como origem a ação
humana, intencional ou não.
Fonte e Fotos: Estadão
Anulação de sentença
surpreende até
Ministros que não apoiam a
Lava Jato
A anulação da sentença
proferida por Sergio Moro contra o ex-presidente do Banco do Brasil Aldemir
Bendine, por decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, surpreendeu
até mesmo os ministros que defendem “freio” na Lava Jato. O voto da ministra Cármen Lúcia pela anulação
surpreendeu até mesmo integrantes do STF, que acreditavam em empate em 2 a 2,
pela ausência de Celso de Mello na votação. Durante a sessão, Gilmar
Mendes criticou os diálogos de procuradores da Lava Jato obtidos de forma
ilegal por hackers e divulgados pelo The Intercept.
Presidentes de países que
integram a Floresta
Amazônica vão se reunir por “política única”
FOTO: AP/Reprodução |
De acordo com o presidente
Jair Bolsonaro, presidentes de seis países – exceto a Venezuela – se reúnem em
6 de setembro para debater política única de preservação para a região
exploração sustentável da Floresta Amazônica. A declaração foi dada nesta quarta-feira (28)
ao deixar o Palácio da Alvorada ao lado do presidente do Chile, Sebastian
Piñera. O encontro está previsto para Leticia, na Colômbia. Além do Brasil,
fazem parte da região: Colômbia, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana Francesa e
Venezuela.
As mensagens que recebo da
Amazônia:
“Só consigo ver fumaça quando vejo o noticiário”
Eu tenho recebido muita
informação de gente que mora na área amazônica. As falácias que andam por aí,
como você sabe, a gente não pode acreditar logo de cara. Eu recebi muitas
mensagens de Manaus, de Roraima, de Rondônia, do Acre e de cidades do Pará
dizendo: “Olha, não estou vendo nada daqui. Só consigo ver quando vejo o
noticiário, mas aqui não estou vendo nem sentindo cheiro de fumaça”.
Um diz assim: “Eu moro no
Baixo Amazonas, e no mês de outubro vai piorar por causa da seca. Agora, em
2015, 2016 aí sim teve muito fogo”. Outro disse: “Aqui em Corumbá está
chovendo, teve seca, mas está chovendo”. Outra informa: “Aqui em Rondônia não
vejo fumaça”, “Aqui no Acre não vejo fumaça”.
Tem outro que diz assim:
“Aqui em Roraima quase metade da reserva é toda indígena”. É bom lembrar que na
Amazônia são de 30% a 80% de reserva legal nos lotes de agricultura, e as
margens dos rios também são protegidas. E a Amazônia dispõe de muitas áreas de
rios. Agora, o Brasil tem que olhar para aquela empresa norueguesa que polui
mais que todos os garimpos.
Eu recebi também uma
mensagem do sul de Goiás, de Rio Verde, do Vinicius Camargo. Ele informa que os
agropecuaristas formaram um grupo de combate a incêndio com dois aviões: tudo
por conta deles. Assim que se detecta um foco - foco não é incêndio e, sim, o
início - o WhatsApp avisa e todos socorrem.
Queixa arquivada
O Ministério Público
arquivou mais uma queixa contra Deltan Dallagnol. A maioria dos 14 conselheiros
disse que compartilhar não é falta funcional. Ele apenas compartilhou uma
notícia que estava nas redes sociais do Estadão com a delação premiada da
Odebrecht. Esse vazamento de sigilo parece que ofendeu a senadora Kátia Abreu.
Outro dia, almoçando com
advogados, todos me disseram: “Que bobagens que foram essas que saíram desse
americano de conversas que são ro-ti-nei-ras entre nós, defesa, os promotores e
os juízes dos casos que nos envolvem. Mostrando inclusive os caminhos de
processos. Isso é rotina, é uma bobagem dizer que isso afeta Sergio Moro ou
Deltan Dallagnol”.
Chegou ao Senado
A reforma da Previdência
está em um excelente caminho no Senado. O relator, senador Tasso Jereissati
(PSDB), manteve todo o texto, o que significa que não vai voltar para a Câmara.
Aprovada no Senado, a PEC da Previdência será promulgada e acrescentada à
Constituição.
O relator fez supressões e
está sugerindo um segundo projeto para inserir o que ficou de fora. Mas
basicamente é aquilo que a gente já conhece: aposentadoria de 65 anos para
homens e 62 para mulheres, tempo mínimo de contribuição para homens de 20 anos
e 15 para mulheres.
Para o funcionalismo
público tem que ter 25 anos, no mínimo, de contribuição. No meio rural, a idade
mínima para aposentadoria de homens é 60 e para as mulheres 55. Para os
professores 60 anos e para as professora 57 anos. Para polícia, 55 anos. E como
se sabe as Forças Armadas vão ter um projeto em separado.
Para encerrar...
Na reunião com todos os
governadores da Amazônia Legal, a melhor frase foi a do governador do Pará,
Helder Barbalho. Ele disse o seguinte: estamos perdendo muito tempo com o
Macron.
Alexandre Garcia
População do Brasil chega
a 210 milhões de habitantes
Dados do IBGE divulgados
no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (28) revelam que o Brasil
chegou a 210 milhões de habitantes. Os estados mais populosos são São Paulo (45
milhões), Minas Gerais (21 milhões) e Rio de Janeiro (17 milhões). O Paraná é o
estado com maior população no Sul e o quarto no Brasil, com 11,4 milhões –
56.178 habitantes a mais que o Rio Grande do Sul, que ocupa a segunda colocação
na região. Pela primeira vez o Distrito Federal ultrapassou a casa dos 3
milhões de habitantes. Já as menores populações estão concentradas no Norte:
Acre (881.935), Amapá (845.731) e Roraima (605.761).
Governo quer fim do
adicional de 10% da multa rescisória no FGTS
O Ministério da Economia,
de Paulo Guedes, quer acabar com o adicional de 10% da multa rescisória sobre o
FGTS pago por empresas em casos de demissão sem justa caus. Atualmente, as empresas
pagam 50% de multa nas demissões, sendo que 40% vão para o trabalhador e 10%
para a União – o valor chega a R$ 5,4 bilhões por ano. A medida do governo
teria que ter aval do Congresso. A ideia de acabar é porque a multa entra
primeira como receita, mas depois como gasto obrigatório pelo fato da União ter
que pagar o FGTS – o que coloca o valor dentro do cálculo do teto de gastos.
Bolsonaro e Moro mostram
que estão alinhados
O presidente Jair
Bolsonaro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, mostraram
em uma publicação no Twitter na noite de terça-feira (27) que estão "em
total alinhamento". A troca de elogios nas mensagens em tom de união
ocorreu à noite, no mesmo dia em que os dois se reuniram em uma reunião no
Palácio do Planalto, e horas depois de Moro enaltecer publicamente o trabalho
do diretor-geral da Polícia Federal, Marcelo Valeixo, que chegou a ser ameaçado
de demissão por Bolsonaro. Na semana passada, o presidente chegou a dizer que
Valeixo estava subordinado a ele, e não ao ministro.
General assume uma das
estatais mais deficitárias do Brasil
Uma das primeiras estatais
brasileiras a entrar na lista das privatizações do governo Bolsonaro e
posteriormente mantida pelo Ministério da Infraestrutura terá um general no
comando. Empresa destinada à construção e à administração de ferrovias, a Valec
deu posse a seu novo presidente nesta segunda-feira (26), o general Marcio
Velloso Guimarães, que assim como o presidente Jair Bolsonaro estudou na
Academia Militar das Agulhas Negras. A Valec é uma das estatais mais
deficitárias do Brasil, acumula prejuízo de R$ 7,1 bilhões e escapou da lista
de privatizações das estatais dependentes de recursos do Tesouro.
Engenheiro, Velloso
Guimarães foi comandante da 3ª Região Militar (Comando Militar do Sul), vice
chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Exército e diretor de Obras
de Cooperação do Exército. “É com grande satisfação e expectativa que assumo o
desafio de presidir a VALEC. Pretendo contribuir para o desenvolvimento da
empresa e do país”, afirmou.
Dinheiro para a Amazônia
O governo
aceitou uma doação de 10 milhões de libras (R$ 50 milhões) do
Reino Unido para combater as queimadas na Amazônia. Segundo o Ministério das
Relações Exteriores, a ajuda foi oferecida por um representante do premiê Boris
Johnson e foi aceita pelo chanceler Ernesto Araújo.
Não ficou claro,
entretanto, se o valor será descontado dos US$ 20 milhões do G7 anunciados por
Emmanuel Macron. Bolsonaro impôs condições para receber ajuda do grupo de
países, que incluem
um pedido de desculpas do presidente francês.
O governo brasileiro
também entrou
no STF com um pedido de R$ 500 milhões do fundo bilionário da
Petrobras para Amazônia.
Pra hoje está marcada uma
reunião com o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo, com
Câmara, PGR, AGU e Ministério da Economia para chegar a um acordo sobre a
aplicação dos recursos de R$ 2,5 bilhões no combate a incêndios na Amazônia.
Reino Unido
O primeiro-ministro
britânico, Boris Johnson, vai pedir à
rainha Elizabeth II a suspensão do Parlamento até 14 de outubro. A
medida reduziria o tempo disponível para que os parlamentares bloqueassem a
saída do Reino Unido da União Europeia, que está prevista para acontecer em 31
de outubro.
Caso a suspensão seja
confirmada, fica improvável que os parlamentares consigam aprovar leis que
possam impedir o Brexit sem um acordo.
O premiê disse que não
queria esperar até depois do Brexit "antes de continuar com nossos planos
para levar o país adiante" e afirmou que ainda haveria "tempo
suficiente" para os parlamentares debaterem a separação da União Europeia.
Alcolumbre viola lei ao
ocultar gastos de senadores, diz MPF
Em parecer enviado à
Justiça, o Ministério Público Federal afirma
que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP),
viola a Constituição do País ao manter em sigilo notas fiscais de gastos de
senadores com verba da cota parlamentar. Desde que assumiu a presidência do
Senado, em fevereiro, Alcolumbre se
recusa a atender a pedidos feitos pela Lei de Acesso à Informação (LAI) para
que seu gabinete informe despesas com a verba parlamentar.
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