quarta-feira, 20 de março de 2019






Bolsonaro entrega proposta de aposentadoria dos militares


O presidente Jair Bolsonaro chegou ao Congresso Nacional às 16h09 desta quarta-feira (20) para entregar a proposta de reforma da aposentadoria dos militares.

Bolsonaro estava acompanhado de integrantes do governo, entre os quais os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia), além do secretário de Previdência, Rogério Marinho. Na entrada do Congresso, parlamentares da base aliada aguardavam o presidente.

A redação final do projeto foi aprovada na manhã desta quarta em uma reunião comandada por Bolsonaro no Palácio da Alvorada. O presidente passou os últimos três dias nos Estados Unidos.

Até a última atualização desta reportagem, a íntegra do projeto ainda não havia sido divulgada pelo governo. Segundo o Ministério da Economia, haverá uma entrevista coletiva ainda nesta quarta-feira para detalhar a proposta.

Entre as mudanças que o governo deve propor estão:

·         elevação da alíquota previdenciária de 7,5% para 10,5%;
·         aumento do tempo para o militar passar para a reserva (de 30 para 35 anos na ativa);
·         taxação de 10,5% nas pensões recebidas por familiares de militares.

Conforme o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), será criada uma comissão especial formada por deputados para analisar o projeto antes de o texto ser votado pelo plenário.

A apresentação do projeto sobre os militares era uma exigência de aliados de Bolsonaro para a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma da Previdência Social, enviada ao Congresso em fevereiro, ser analisada também.

De acordo com o governo, em razão das especificidades das carreiras militares, o projeto não foi entregue em conjunto com a PEC.





Preço da energia será reduzido


A amortização de empréstimos contraídos em 2014 pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) junto a oito bancos possibilitará um impacto de redução média de 3,7% nas tarifas de energia que serão pagas em 2019 pelo consumidor brasileiro; e de 1,2% em 2020. Esses empréstimos foram feitos visando compensar as concessionárias de energia pelos prejuízos causados pela crise hídrica no setor.

A redução, anunciada hoje (20), em Brasília, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), foi possível a partir de negociações feitas desde novembro do ano passado, entre Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Ministério de Minas e Energia, Aneel e um pool de oito bancos.

Os recursos a serem usados fazem parte de um fundo criado para compensar eventuais atrasos ou calotes que poderiam ser praticados pelas concessionárias.






Caso Marielle:
PF cita ex-deputado Brazão (ex-MDB) como possível mandante


Trecho do inquérito da PF (Polícia Federal) que investiga a obstrução da investigação sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) cita o ex-deputado estadual Domingos Brazão entre os suspeitos de ser um dos "possíveis mandantes" do crime.

Duas fontes ligadas ao caso confirmaram que essa é uma das linhas de apuração que constam no inquérito da DH (Delegacia de Homicídios da Capital).

Até o presente momento pesava sobre Brazão apenas a suspeita de plantar uma testemunha para incriminar o vereador Marcelo Siciliano (PHS) --adversário pela hegemonia eleitoral em áreas da zona oeste do Rio dominadas por milícias.

Durante sua trajetória política pelo MDB, Brazão teve problemas com a Justiça. A situação se complicou em 29 de março de 2017, quando quatro conselheiros do TCE-RJ e Brazão foram presos durante a deflagração da Operação Quinto do Ouro. Eles são acusados de recebimento de propinas de empresários para não fiscalizarem obras e uso de verbas públicas do governo do Rio de Janeiro - o processo corre no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Solto posteriormente, o grupo está afastado do tribunal desde então.






GAUCHÃO 2019



Confira os jogos marcados para hoje (19) pela 11ª Rodada do campeonato gaúcho. Todas as partidas começam às 21h30min.


·         Inter (3º) x Novo Hamburgo (6º) - Beira-Rio
·         Pelotas (7º) x Grêmio (1º) - Boca do Lobo
·         Juventude (9º) x Avenida (11º) - Alfredo Jaconi
·         Veranópolis (12º) x Brasil de Pelotas (10°) - Antônio David Farina
·         São José (5º) x Caxias (2º) - Passo D'Areia
·         Aimoré (8º) x São Luiz (4º) - Cristo Rei






Supremo tem seus limites institucionais


O Poder Judiciário não ficaria à margem do processo de modernização por que passa o país desde a redemocratização, institucionalizada pela Constituição de 1988, e iniciada três anos antes com o fim da ditadura militar. Recuperados os espaços da democracia, as instituições passaram a evoluir.

A imagem de um conjunto de torres de marfim que foi criada sobre a Justiça vai ficando para trás à medida que a nação avança no estado democrático de direito, e os naturais conflitos surgidos numa sociedade complexa são mediados em tribunais revitalizados por novas gerações de magistrados, assim como de procuradores, e tornados mais eficazes por meio de modernização do arcabouço jurídico do país e administrativa. O Supremo Tribunal Federal começou a ocupar espaços na avaliação de temas candentes para a nação, como o combate à corrupção, e a tomar decisões corretas sobre toda uma agenda de cunho social, passando a atrair a atenção da sociedade como talvez nunca na sua história secular.

É neste contexto que se instala rica polêmica sobre a decisão do presidente da Corte, Dias Toffoli, de, na quinta-feira passada, anunciar a abertura de inquérito, e já nomear um relator, ministro Alexandre de Moraes, para investigar “notícias fraudulentas (fake news), denunciações caluniosas, ameaças (..) que atingem a honorabilidade do Supremo Tribunal Federal, de seus membros e familiares”.

Alguns ministros, privadamente, se declararam surpresos. Primeiro, porque, confidenciaram, não foram consultados; depois, pela discordância das bases legais do inquérito.

Para abrir a investigação, Toffoli se sustentou no artigo 43 do regimento interno do STF. Segundo o qual, inquéritos podem ser instaurados, “ocorrendo infração à lei penal na sede ou dependência do tribunal” . Mas, nos casos citados pelo presidente da Corte, não houve nenhuma dessas situações, o que remete a um entendimento largo de que cada ministro é uma sede ambulante do STF, não importa onde esteja.

O centro nevrálgico da discussão, porém, é outro: Toffoli descumpriu o rito institucionalizado, estabelecido em lei (artigo 40 do Código de Processo Penal), pelo qual denúncias, mesmo do Supremo, precisam ser encaminhadas à Procuradoria-Geral da República, o Ministério Público, que decidirá ou não pedir a instalação de inquérito à Justiça e mobilizar a polícia. E o foro jurídico, já decidido pelo presidente da Corte como sendo o Supremo, é definido pelo acusado, não pela vítima. A Corte seria o tribunal a julgar os casos, se ministros fossem os acusados.

De forma previsível, a procuradora-geral, Raquel Dodge, logo se pronunciou contra o inquérito. E, na edição da noite de terça-feira do “Jornal Nacional”, o ministro Marco Aurélio Mello, o primeiro da Corte a falar publicamente do assunto, fez o mesmo, citando o artigo 40 do CPP. “Somos o Estado julgador e devemos manter a necessária equidistância quanto a alguma coisa que surja em termos de persecução (investigação, processo) criminal”. Faltou o “Estado denunciador”, o Ministério Público.
Parece um debate de questiúnculas jurídicas, mas não é. Tem a ver com o equilíbrio entre os poderes numa democracia representativa. Apesar do nome “Supremo”, o STF não pode tudo — como ele mesmo denunciar, investigar e julgar. Teria poderes de um Estado autoritário.

A ordem institucional estará rompida se o Executivo e o Legislativo seguirem o exemplo. O presidente Dias Toffoli deve orientar o ministro Alexandre de Moraes a fazer o levantamento dos casos que considera de ameaças e de difamação, para encaminhá-los à Procuradoria-Geral da República, a fim de que seja aberto o devido inquérito.

Editorial do Portal G1






Fevereiro: Homicídios em queda na Capital

Foto: Google/Reprodução
O mês de fevereiro apresentou queda nos crimes contra a vida no Rio Grande do Sul, em especial em Porto Alegre. A redução mais expressiva foi no número de vítimas na capital, com 61,7%, representando 37 óbitos a menos do que no mesmo período do ano anterior. Em todo o RS, o número de mortes por homicídio doloso também caiu. A retração foi de 32%, contabilizando 66 vítimas a menos em relação a fevereiro de 2018.

Quanto ao número de ocorrências, na mesma comparação, os crimes de homicídio caíram 28,5% no estado. Os dados estão disponíveis nos indicadores de criminalidade (os dados apresentados podem sofrer alterações durante o desdobramento das investigações e são diferentes a cada extração do sistema), divulgados pela Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP).

Outro índice que se destaca é o de latrocínios, com queda de 20% no estado no mês passado em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do bimestre, a queda no RS ficou em 15,4%. Em Porto Alegre, não foi registrado nenhum latrocínio nos dois primeiros meses de 2019. No ano passado, haviam acontecido dois casos.






Kajuru:  “Gilmar Mendes vende sentenças”

Senador Jorge Kajuru (PSB-GO) - Foto: Agência Senado
Após o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) acusar Gilmar Mendes de vender sentenças, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) fez uma representação contra o parlamentar ao presidente da Corte, Dias Toffoli. O pedido de providências formulado por Gilmar Mendes foi protocolado na terça-feira (19).

Mendes cita trechos de uma entrevista do senador à Rádio Bandeirantes no domingo (17), em que Kajuru afirma querer saber como o ministro “tem R$ 20 milhões de patrimônio”. “De onde você tirou esse patrimônio? De Mega-Sena? De herança de quem você tirou Gilmar Mendes? Foram das sentenças que você vendeu seu canalha!”

"O senador disse ainda que Gilmar Mendes é sócio dos ex-governadores tucanos Beto Richa (PR), Aécio Neves (MG) e Marconi Perillo (GO). “Nós vamos pegar, apurar, investigar todas as empresas que eles são sócios, que eles têm negociação, por que ele protegeu Aécio Neves, por que ele protege o Marconi Perillo. Por que ele protege tantos outros políticos.”

Segundo Kajuru, Mendes será o primeiro alvo da CPI da Toga. “Depois vamos nos Lewandowskis da vida”, disse o senador, fazendo referência a outro ministro do STF Ricardo Lewandowski.






Um dois, feijão com arroz!

Fui criado ouvindo falar, e vivendo em casa, que arroz com feijão era comida de pobre. Na nossa casa, sempre havia feijão para misturar com arroz. Muitas vezes o almoço era arroz, feijão e carne. Era o que tinha de mais barato, o que podia ser oferecido pelo soldo de sargento de meu pai. Afinal, eram oito filhos mais a mãe e a vovó. E o soldo (salário) de sargento de meu pai era muito pouco para alimentar tanta gente.

Pois bem, a solução era arroz com feijão, mesmo porque, além de barato, um feijão tem seu valor, principalmente se estiver temperado e com um caldo grosso. Até hoje, muitas vezes, minha mulher prepara um feijão com linguiça, costela de porco, bacon e me obriga a me refestelar com um prato fundo que repito com muito prazer.

Hoje, ao abrir a internet e dar uma olhada no noticiário, coisa que faço todos os dias, me deparo com a informação que o quilo do feijão está custando R$ 8,00, ou seja, está entrando na faixa dos produtos só permitidos aos  mais abastados financeiramente. Um trabalhador pobre, que ganha pouco mais que um salário mínimo, que tenha dois filhos e a mulher, não pode se dar ao luxo de comer feijão todos os dias. Haja dinheiro para tanto.

Um quilo de arroz confesso, nem sei quanto está custando, mas sei que também deve andar escasso na mesa dos mais pobres. Arroz com feijão, então, nem pensar.

Meu comentário não tem por objetivo criticar os produtores de feijão, já que todos merecem viver dignamente, ganhar o suficiente e pagar a produção, que não deve ser barata. Meu comentário tem por objetivo entender o que nos levou a ver o feijão custando oito pilas o quilo.

Daí, quando escutamos alguém dizer que vai botar mais água no feijão, entendemos a dificuldade que deve ser para uma mãe pobre, mulher de operário que ganha um salário quase miserável, cozinhar para a família, por menor que seja, e muitas vezes não é tão pequena assim, com o preço do feijão.

Acho, sinceramente, que estamos chegando ao fim do tempo em que se afirmava que arroz com feijão era coisa para a mesa dos pobres. Vamos chegar ao momento em que, sem querer exagerar, um prato de feijão deverá constar do cardápio dos restaurantes mais caros e sofisticados.

Um dois, feijão com arroz, será coisa para rico!

Tenham todos um Bom Dia!