Lava Jato sobe o tom e
senadores miram Toffoli
Os elevados decibéis
da reação dos procuradores da Lava Jato ao presidente do
STF, Dias Toffoli, por causa da entrevista do ministro ao Estado, chamaram a atenção
do meio jurídico. A avaliação é de que a turma de Curitiba foi no mínimo ousada
ao responder em tal diapasão à mais alta autoridade do Judiciário, sinal de que
se sente blindada pelo Ministério Público e pela opinião pública. Entre os
políticos “lavajatistas”, a resposta dos procuradores instaurou um clima de
vale-tudo na disputa deles com o Supremo: quase não existem mais regras.
Ao afirmar que a Lava Jato não quebrou empresas, conforme
entende Toffoli, Roberson
Pozzobon disparou: “A outra opção seria não investigar ou não
responsabilizar. Isso a Lava Jato não fez”. A “tradução” do meio jurídico:
Curitiba não é como o Supremo.
Capitaneados pelo grupo
Muda Senado, 30 senadores assinaram um novo requerimento de CPI para investigar
Dias Toffoli. O documento só será protocolado em fevereiro, após o recesso do
Congresso.
Senadores que assinaram o
requerimento dizem que ele é uma “reação ao conjunto da obra” de Toffoli. “A
entrevista do Toffoli foi a comunhão do inútil com o desagradável. Parece
manifestação de advogado de bandido da Lava Jato”, disse o senador Major Olimpio (PSL-SP).
Fonte: Estadão
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