prisão em segunda
instância na próxima sessão
Após o Supremo Tribunal
Federal (STF) decidir ontem
sobre prisão em segunda instância, a presidente da Comissão de
Constituição e Justiça do Senado , Simone Tebet (MDB-MS), vai pautar
uma proposta de emenda à constituição do senador Oriovisto Guimarães
(Podemos-PR) para a primeira sessão do colegiado.
— Diante da decisão do
STF, principalmente da declaração de voto do presidente daquela Corte no
sentido de que o Congresso pode alterar a legislação sobre a prisão em 2a
instância, incluirei, na pauta da próxima reunião da CCJ, a PEC de autoria do
Senador Oriovisto — afirmou Tebet
— A previsão é que a
reunião da Comissão de Constituição e Justiça não ocorra na semana que vem
devido ao encontro da cúpula dos BRICS ( Brasil, Rússia, Índia, China e África
do Sul) no Itamaraty na quarta e na quinta-feira da semana que vem, quando a
área do Congresso terá acesso restrito.
A articulação para tentar
mudar a lei sobre a prisão após o trânsito em julgado (quando não há mais
recursos disponíveis para a defesa) começou antes mesmo do final do julgamento
no Supremo. Um abaixo
assinado com a adesão de 42 senadores foi levado ao presidente
do STF, Dias Toffoli, antes do julgamento. Para conseguir aprovar uma mudança
constitucional no Senado são necessários 49 votos no Senado, em dois turnos, e
308 votos na Câmara.
A PEC, de autoria do
senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), acrescenta trecho ao artigo 93 da
Constituição: “decisão condenatória proferida por órgãos colegiados deve ser
executada imediatamente, independentemente do cabimento de eventuais recursos”.
Ela é relatada pela senadora Juíza Selma (Podemos-MT). Signatária do
abaixo-assinado, Selma já apresentou seu parecer favorável, fazendo apenas uma
emenda de redação.
— Vamos conseguir galgar
esse degrau. O Brasil vai conseguir sair dessa insegurança jurídica que nós
vivemos hoje e vamos superar mais uma das crises causadas pela omissão do
legislador ou pelo ativismo judicial — disse Selma.
Além dos 42 senadores que
assinaram o manifesto entregue a Toffoli, Flavio Bolsonaro (PSL) já se
manifestou favorável ao tema. Os parlamentares acreditam que podem conseguir
chegar aos votos necessários para a aprovação no Senado.
Fonte: Portal O Globo
Fonte: Portal O Globo
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