terça-feira, 1 de outubro de 2019


PRISÃO DO VEREADOR

Polícia quer descobrir caminho 
dos empréstimos consignados


A operação Argentários, que prendeu nesta terça-feira o vereador André Carús (MDB) como suspeito de participar de um esquema de empréstimo consignados envolvendo servidores, esteve em 10 locais em Porto Alegre para o cumprimento de ordens judiciais. Além do gabinete e da casa de Carús, a Polícia Civil ainda foi até o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae), o Departamento Municipal de Habitação (Demhab), na instituição financeira e em outras cinco residências. Assim como o parlamentar, outras duas pessoas foram presas de forma temporária. O político é investigado pelos crimes de concussão e falsidade. 


O delegado Max Otto Ritter, que lidera as investigações, explicou que a partir da apreensão de documentos é que a Polícia Civil terá a oportunidade de ver como funcionava o esquema dos empréstimos.

"Primeiramente nós realizamos essas prisões, incluindo a de um agente político, e estas pessoas estão na condição de investigados. É uma ação que não termina aqui porque teremos desdobramentos e agora vamos nos debruçar no material que foi apreendido para saber o "caminho do dinheiro" e quem são as pessoas que se valiam destes empréstimos", explicou. Anteriormente, a investigação relatou que alguns dos valores tomados por servidores superaria a cifra de R$ 300 mil. Durante as buscas, foram apreendidos R$ 60 mil, 3,8 mil dólares, 1.765 libras e 2.605 euros, além de duas armas encontradas na instituição financeira envolvida no esquema. Celulares, computadores e planilhas, com nomes e datas, também foram encontrados pelos policiais. 

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Ritter, titular da 1ª Divisão de Combate à Corrupção (Decor), relatou que diversos elementos colaboraram para o início das investigações. Entre eles está o depoimento de uma ex-servidora do gabinete de André Carús. "Esta ex-servidora nos passou detalhes que permitiram o desencadeamento da operação, mas, anteriormente, já tínhamos elementos relacionados ao DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana) e até elementos passados pelo executivo municipal, através do senhor prefeito (Nelson Marchezan), que fez chegar até a polícia algumas irregularidades sobre empréstimos que eram contraídos. A partir daí, começamos a investigar e encontramos fatos contundentes e a operação foi deflagrada", descreveu. 

Fonte e fotos: Correio do Povo

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