Copom reduz taxa
básica de juros
de 6% para 5,5% ao ano
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A Selic se manteve em 6,5% de março de 2018 a julho de 2019, quando recuou para 6%. A expectativa de economistas é que, para a próxima reunião do comitê, no fim de outubro, haja mais um corte de 0,5 ponto percentual na taxa, caindo para 5% e permanecendo neste percentual até o fim de 2020.
O
recuo na Selic acontece mesmo diante da recente alta no preço do petróleo,
impulsionada por ataques a instalações da petroleira estatal Aramco, na Arábia
Saudita, no último sábado (14).
Segundo
economistas, a disparada no petróleo pode aumentar o preço dos combustíveis e
pressionar a inflação nos próximos meses, mas a previsão do mercado para o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ainda está abaixo da meta
central de inflação para este ano.
Retomada gradual
Na
nota explicativa para a redução, o Copom afirma que indicadores da atividade
econômica divulgados na última reunião, que aconteceu no dia 31 de julho, "sugerem
retomada do processo de recuperação da economia brasileira" e que
"cenário do Copom supõe que essa retomada ocorrerá em ritmo gradual".
O
comitê afirma, porém, que em seu cenário básico para a inflação
"permanecem fatores de risco em ambas as direções". Entre os pontos
elencados pelo comitê, estão o "nível de ociosidade elevado", que
poderia continuar produzindo "trajetória prospectiva abaixo do
esperado".
Por
outro lado, a nota fala em uma "eventual frustração" em relação às
reformas e aos ajustes necessários na economia brasileira, o que poderia
"afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte
relevante para a política monetária". Este risco, segundo o Copom, se
intensifica em caso de deterioração do cenário externo para economias
emergentes.
"O Copom avalia que o
processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira tem avançado,
mas enfatiza que perseverar nesse processo é essencial para a queda da taxa de
juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia", diz a
nota.
Fonte: Portal G1
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