Com melhora no quadro,
Bolsonaro retoma
dieta líquida, e médicos
retiram sonda
Os médicos que cuidam do
presidente Jair Bolsonaro retiraram
na manhã desta sexta-feira a sonda nasogástrica que
drenava ar e líquido de seu estômago, após ele apresentar melhora acentuada dos
movimentos intestinais. Com isso, o presidente retomou a dieta líquida baseada em
água, chá, gelatina e caldo ralo, que foi suspensa na última terça-feira. Nos
próximos dias, deverá ser introduzida uma dieta cremosa - semelhante à
alimentação de bebê, as chamadas "papinhas". Segundo o médico Antônio
Luiz Macedo, o presidente deve receber alta quando já estiver apto a se
alimentar de comidas que exijam alguma mastigação.
Neste momento, a dieta
líquida ainda é feita paralelamente com a nutrição endovenosa (diretamente na
veia). Segundo Macedo, a evolução para os alimentos líquidos é feita aos poucos
e a nutrição endovenosa só será retirada quando as chances de uma nova
intercorrência for praticamente eliminada.
— Nós pudemos tirar a
sonda gástrica porque a drenagem foi bem reduzida de ontem para hoje e (o
presidente) recomeçou a ter função intestinal. Tiramos a sonda e demos bem
pouco de líquido, por isso a necessidade de ainda manter a nutrição endovenosa.
A partir do momento em que pudermos aumentar a dieta líquida, diminuímos a
nutrição endovenosa — afirmou.
A sonda nasogástrica foi colocada em razão de uma distensão
abdominal que levou à paralisia do intestino , conhecida como íleo
paralítico. Segundo especialistas, a paralisia é uma reação natural do órgão
após a manipulação necessária em cirurgias como a que o presidente foi
submetido no último domingo.
Na quinta-feira, a equipe
médica decidiu manter o presidente em repouso por mais tempo, aumentando o
tempo de permanência do vice Hamilton Mourão como presidente em exercício por
mais quatro dias.
Segundo o porta-voz Otávio
Rêgo Barros, a decisão foi tomada para acelerar o processo de recuperação. A
equipe presidencial quer garantir a presença de Bolsonaro na Assembleia Geral
das Nações Unidas no próximo dia 22. Como de costume, o presidente brasileiro é
o responsável por fazer o discurso de abertura do encontro, que começará dia
24. Segundo o porta-voz, mais importante do que reassumir a Presidência neste
momento seria ter ele pronto para assumir na plenitude os deveres legais como
chefe do Poder Executivo.
Fonte: O Globo
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